quinta-feira, 22 de agosto de 2013

1. O processo de urbanização no Brasil, extremamente rápido e desigual, trouxe grandes comprometimentos, por vezes até calamitosos, à qualidade ambiental das cidades brasileiras. Sobre a problemática ambiental urbana, é correto afirmar que:
A) a escassez qualitativa da água, decorrente do aumento da população de baixa renda, é o principal problema relacionado ao processo de abastecimento das cidades.
B) a precária gestão dos resíduos sólidos implica na acumulação de lixo nas ruas, praças e jardins dos bairros habitados pelas populações de alta renda das grandes cidades.
C) a construção de obras de infra-estrutura que vêm sendo implantadas nas cidades brasileiras, como o aterro da Praia de Iracema em Fortaleza, objetiva a melhoria da qualidade ambiental.
D) a falta de tratamento dos esgotos sanitários, nas cidades, em parte lançados in natura no solo, vem causando danos irreparáveis às reservas de água potável, comprometendo usos múltiplos da água.
E) as emissões provenientes dos meios de transportes são as principais causadoras da poluição do ar, portanto, é nas cidades médias brasileiras que este tipo de poluição é mais acentuado.

Solução Comentada Questão 1
A questão exige o conhecimento de aspectos do processo de urbanização do Brasil e dos principais problemas ambientais das suas cidades. A escassez qualitativa da água é proveniente da poluição e da contaminação dos corpos hídricos e não do aumento populacional, seja de baixa, média ou alta renda. Portanto, é incorreta a alternativa A. 
Realmente, há uma precária gestão dos resíduos sólidos (lixo), e nos bairros habitados pelas populações de baixa renda ocorre um agravamento da situação, o que torna incorreta a alternativa B. 
A alternativa C é incorreta, pois as obras de infra-estrutura recentes, nas cidades brasileiras em geral, visam dar suporte às crescentes demandas urbanas, como o METROFOR, o AEROPORTO em Fortaleza, e não, prioritariamente, melhorar a qualidade ambiental. Além do mais, o aterro da Praia de Iracema foi uma obra muito questionada, inclusive do ponto de vista de impactos ambientais e socioeconômicos. 
A alternativa D está correta, pois, de fato, ocorre uma estreita relação entre a falta de saneamento e o comprometimento dos usos múltiplos da água. 
A alternativa E está incorreta. As emissões provenientes dos meios de transportes são realmente as principais causadoras da poluição do ar, no entanto, ocorrem nas grandes cidades onde há uma maior concentração de veículos automotivos.
Questão 1 – Alternativa D


2. A estruturação caótica dos espaços urbanos de Fortaleza é responsável pelos efeitos calamitosos que fenômenos de ocorrência regular podem provocar entre as populações de baixa renda. Sobre os problemas mais frequentes relacionados a essa questão e às suas causas geradoras, é possível afirmar, de modo correto, que:   
A) o crescimento vertical, associado ao adensamento populacional e ao aumento da produção de lixo, é o responsável pelas epidemias que ocorrem na cidade.
B) a concentração de renda, a ineficiência da assistência social e a variação na composição demográfica reduziram o IDH do Município nos últimos dez anos.
C) a elevada concentração de moradores em áreas de risco ocasiona a mortalidade infantil e a ocorrência de desabrigados por ocasião de enchentes e inundações.
D) as políticas públicas, destinadas a reorganizar a infra-estrutura da cidade e o uso dos seus espaços, reduziram o número de favelas e a incidência de ocupações ilegais.
E) a segregação urbana, que localiza a população de baixa renda nos bairros periféricos, protege as áreas mais ricas contra a violência e a incidência de criminalidade.

Solução Comentada Questão 2
A questão relaciona a ocorrência de fenômenos regulares de origens diversas à problemática urbana de Fortaleza. 
A alternativa A está incorreta, pois o crescimento vertical ocorre mais nos bairros ocupados pelas classes de média e alta renda, enquanto as epidemias atingem mais intensamente os bairros ocupados pelas populações de baixa renda. 
A alternativa B é incorreta, pois, apesar da concentração de renda e da ineficiência da assistência social, o IDH, que é definido pela escolaridade, pela renda e pela expectativa de vida, cresceu no Município, nos últimos dez anos. 
A alternativa C está correta. A grande concentração de moradores em áreas de risco contribui para a permanência de elevados índices de mortalidade infantil e para a ocorrência de grande número de desabrigados, por ocasião de enchentes e inundações. 
A alternativa D está incorreta. O número de favelas e a incidência de ocupações ilegais são crescentes nesta cidade. 
A alternativa E está incorreta Em Fortaleza, a população de baixa renda está mais concentrada nos bairros periféricos, porém também se encontram favelas e conjuntos populares difusos por toda a cidade. As áreas mais ricas não estão protegidas da violência e da incidência de criminalidade, são, na verdade, locais onde acontecem, com freqüência, assaltos e roubos de carros, entre outras situações que podem ser incluídas como violência urbana.
Questão 2 – Alternativa C


3. Em tempos neoliberais  o processo de globalização, que interliga lugares, através da movimentação de pessoas, de valores, de capitais e de mercadorias, pode ocasionar situações que expõem a humanidade a condições de risco. Entre as mais graves e/ou sobre as tentativas de evitá-las, é possível destacar, de modo correto:
A) a difusão de preconceitos contra estrangeiros, pela crença de que as pessoas e os produtos vindos de fora são os responsáveis pelas crises da economia e pelo desemprego.
B) a transferência de doenças degenerativas pelos continentes, como as neoplasias, as doenças cardíacas, o Mal de Alzheimer, entre outras, até há poucos anos, típicas de países desenvolvidos.
C) a repercussão das crises, nas bolsas de valores, provocadas por conflitos armados, que têm efeitos semelhantes entre países ricos e pobres e entre pessoas de diferentes condições sociais.
D) a carência de água, provocada pelo seu consumo inadequado, que levou o mundo a adotar como forma de controle a racionalização e a privatização do seu uso.
E) o desequilíbrio na distribuição da população mundial, solucionável através da transferência de populações, possibilidade assegurada pelas políticas migratórias internacionais.

Solução Comentada Questão 3
A questão trata de problemas de caráter universal, destacando as interrelações, que existem nos países e continentes, entre doenças, recursos hídricos, conflitos armados, mobilidade das populações. 
A alternativa A está correta. Observa-se, atualmente, a expansão do racismo que adquire caráter mais violento, apesar de ser condenado e mesmo proibido pela maioria dos governos e religiões. 
A alternativa B está incorreta, pois as doenças degenerativas, como as neoplasias, as doenças cardíacas, o Mal de Alzheimer, entre outras, não são transferidas pelo processo de globalização, não são adquiridas através de contaminação por vírus ou bactérias. A sua ocorrência mais freqüente, em países desenvolvidos, pode ser explicada, em parte, pela própria longevidade de suas populações. Doenças infecto-contagiosas, como a hepatite, a cólera, a meningite e a AIDS, entre outras, é que se difundem pelos países através do intercâmbio internacional e pessoas e alimentos.
A alternativa C está incorreta, porque a repercussão das crises, nas bolsas de valores, provocadas por conflitos armados, atinge, de forma diferenciada, países ricos e pobres e pessoas de diferentes condições sociais. 
A alternativa D está incorreta. A escassez da água não é ainda globalizada, atinge de forma desigual países e continentes, e o consumo não passa a ser adequado através da privatização do seu uso.
Igualmente incorreta é a alternativa E, pois, embora exista um grande desequilíbrio na distribuição da população mundial, a possibilidade de transferências de populações é dificultada pelas políticas migratórias internacionais.
Questão 3 – Alternativa A


4. Os riscos que o crescimento demográfico representa para a humanidade são diferenciados. Dependem dos interesses econômicos, do desenvolvimento social e das políticas internas que os diferentes países adotam para controlar a natalidade e a dimensão das famílias. Acerca dos riscos das diferentes formas de crescimento demográfico, e das intervenções dos governos para evitá-los, é possível afirmar, corretamente, que:
A) as altas taxas de natalidade aliadas à redução da mortalidade ocasionam a explosão demográfica manifestada, em especial, entre os países mais desenvolvidos.
B) os baixos índices de natalidade, associados à elevada mortalidade decorrente do envelhecimento da população, ocasionam as implosões demográficas, típicas de países ricos.
C) A redução da natalidade, motivada pelas políticas demográficas, em médio prazo leva à carência de mão-de-obra, ocasionando graves prejuízos à economia dos países onde ocorre.
D) A atual redução do crescimento populacional em áreas marginais aos rios e mares decorre do risco de furacões, enchentes e inundações a que estas áreas estão sujeitas.
E) A queda da mortalidade resulta da melhoria do padrão de vida das populações, mas ocasiona o crescimento demográfico que resulta em desemprego e déficit habitacional.

Solução Comentada Questão 4
A alternativa A é incorreta, porque as altas taxas de natalidade, aliadas à redução da mortalidade, podem ocasionar realmente a explosão demográfica. Esta, porém, manifesta-se, em especial, entre os países menos desenvolvidos. 
A alternativa B é correta, pois os baixos índices de natalidade, associados à elevada mortalidade, decorrente do envelhecimento da população, ocasionam a implosão demográfica típica de países desenvolvidos. 
A alternativa C está incorreta, pois a queda da natalidade por si só não ocasiona carência de mão-de-obra, ou prejuízos à economia. Esta, na medida em que se moderniza, emprega, proporcionalmente, nos setores tradicionais da indústria e do comércio, menor quantidade de mão-de-obra, devendo inclusive ampliar os empregos em novos setores para que não se acentue o desemprego. 
A alternativa D está incorreta. As áreas litorâneas e fluviais, em geral, são as mais densamente ocupadas e não são necessariamente áreas de risco para as populações, sujeitas a ocorrências de catástrofes naturais. Entretanto, a ocupação desordenada e acentuada destas áreas pelo homem pode transformar áreas tradicionalmente livres de ocorrências catastróficas em áreas de risco.
A alternativa  E  está  incorreta,  pois,  embora  a  queda  da mortalidade,  que  é  efetivamente  resultante  da melhoria do padrão de vida das populações, ocasione  e  contribua para o  crescimento demográfico, por si  só  não  gera  desemprego  e  déficit  habitacional,  pois  estes  são  característicos  de precárias  condições econômicas de um lugar e de  sistemas econômicos excludentes e concentradores  e renda.
Questão 4 – Alternativa B


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

MUDANÇAS SOCIOESPACIAIS NUM MUNDO GLOBALIZADO
MUDANÇAS NO ESPAÇO GEOGRÁFICO: FORMAS, FUNÇÕES, FLUXOS E MODOS DE VIDA
01.  No Brasil existem nove regiões oficialmente classificadas como metropolitanas, de importância nacional. Cada uma das metrópoles brasileiras tem sua própria área de abrangência espacial, social e econômica. Sobre o assunto, qual a afirmação mais correta?
a) São Paulo e Belo Horizonte são metrópoles nacionais localizadas na região mais industrializada do país.
b) O sistema urbano brasileiro apresenta a seguinte hierarquia: centro regional – cidade local – metrópole regional – capital regional – metrópole nacional.
c) São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília constituem as regiões metropolitanas mais importantes do Brasil.
d) A transformação de uma cidade em metrópole regional depende, principalmente de fatores políticos-administrativos, e de condições ambientais favoráveis, destacando-se a topografia, clima e vegetação original preservada.
e) As áreas metropolitanas costumam ser definidas como um conjunto de municípios vizinhos e integrados sócio-economicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infra-estrutura comuns.

02. Leia o texto a seguir:
                “Se considerarmos que toda a população moradora de favelas invadiu terras, estamos nos referindo a ¼  da população do Rio de Janeiro, 1/3 da população de Salvador, 40% da população de Recife, Fortaleza e Belém, 1/5 da população de São Paulo, apenas para dar alguns exemplos entre as maiores cidades. Isso significa que a invasão de terras urbanas é mais uma regra que exceção. Se somarmos moradores de favelas com moradores de loteamentos ilegais, estamos falando de mais da metade de habitantes de diversas metrópoles, entre elas Rio de Janeiro e São Paulo.”
                (Ermínia Maricato, Linha Direta, julho de 1997) 
A partir do texto, assinale a alternativa que contém as afirmações que explicam a situação descrita ou acrescentam informações a ela.
1- Essa grande ilegalidade resulta de um processo de modernização econômica  sustentado, de um lado, em baixos salários,e , de outro, na especulação fundiária, alimentada pela diminuição de investimentos públicos e por uma legislação que exclui e segrega.
2 – A habitação ilegal, numa escala tão abrangente, deve-se à existência de movimentos organizados nas cidades, que manipulam as populações pobres induzindo-as à invasão, diante da facilidade encontrada em nosso país para a ocupação de terrenos e para a transgressão de leis.
3 – A grande dimensão da habitação ilegal caracteriza-se  não só pela ocupação de terrenos, mas também pela expansão sobre as áreas de proteção ambiental, como as de mananciais. Calcula-se que, só na grande São Paulo, existam cerca de um milhão de pessoas vivendo nessas áreas.
4 – Aliam-se às formas de habitação ilegal, outras situações de natureza semelhante, como a da constituição da chamada economia informal e a de formas alternativas e clandestinas de transporte.
5 – As causas de situações de habitação ilegal encontram-se na má formação educacional e na desqualificação para o trabalho dessas populações. Não procedem justificativas relacionadas com a velocidade da urbanização e com a ausência ou negligência do Estado diante desse quadro.
a) Todas                         d) 3, 4 e 5.
b) 1, 3 e 4.                      e) 1, 3 4 e 5.
c) 1, 2, 3 e 4.  

03. No mundo atual as construções vêm ocupando cada vez mais espaços nas grandes cidades. Bairros inteiros são transformados pela nova e acelerada valorização do solo urbano. Esse processo ocorre, principalmente, devido:
a) à necessidade de um melhor e mais racional aproveitamento dos espaços pela populações das diferentes classes sociais que vivem nas grandes metrópoles.
b) à necessidade de criação de espaços internos na cidade, devido à pressão da demanda e à atuação vigorosa da especulação imobiliária.
c) ao aumento da população nos grandes centros urbanos e conseqüente falta de moradia e de infra-estrutura de serviços.
d) à falta de imóveis nas cidades para as classes menos favorecidas da sociedade que necessitam de moradia para alugar ou comprar.
e) à concorrência entre as construtoras, que brigam por uma fatia cada vez maior no mercado imobiliário tendo em vista oferecer melhor qualidade de vida aos moradores.

04. A América Latina  está se tornando uma das regiões mais urbanizadas do planeta. No próximo milênio, o percentual estimado da população urbana latino-americana  e 80%. O processo de ocupação urbana, em curso no território latino-americano, apresenta, entre suas características:
a) forma difusa, que acompanha o lento êxodo rural, assinala por uma rede urbana de pequenas cidades.
b) crescimento acelerado, particularmente após a 2º guerra mundial, e forma concentrada em uma rede urbana marcada pela presença de grandes cidades.
c) estrutura homogênea, formando rede de cidades médias conectadas ao desenvolvimento de atividades rurais e mineradoras.
d) função administrativa e portuária, constituindo uma rede litorânea como suporte das atividades de importação de bens.
e) conteúdo marcantemente regional das cidades e forma dispersa que obedece à disposição do relevo.

05.  “A cidade de S. Paulo não oferece à primeira vista atrativos capazes de explicar a localização aí de um grande centro de mais de dois milhões de habitantes, que representa a segunda cidade do Brasil e a terceira da América do Sul. Parece que os fatores físicos e naturais não tiveram aqui influência alguma. (...) Contudo, apesar disto, o local de S. Paulo é sob vários aspectos, privilegiado. E é a isto que o maior centro do Estado deve sua situação e desenvolvimento.”
(Caio Prado Júnior. A cidade de S. Paulo – geografia e história. S. Paulo: Brasiliense, 1983, p. 7 e 8)
Nesse texto, publicado originalmente em 1933, Caio Prado Júnior analisa alguns fatores geográficos que ajudam a explicar a escolha do local onde está a cidade de S. Paulo pelos padres da Cia. de Jesus para a fundação de uma vila que seria o ponto de partida para a missão jesuítica no século XVI, e que se mostraria adequada pra a expansão do território brasileiro levada a cabo pelos bandeirantes, que resultou numa das maiores cidades do mundo. Sobre esta questão, aponte qual das afirmativas abaixo é falsa:
a) A posição do rio Tietê, cujo curso, seguindo para  o interior até atingir a ampla rede hidrográfica do rio Paraná, possibilitou que os bandeirantes chegassem facilmente ao interior do continente, ampliando as fronteiras.
b) O local de implantação do colégio dos jesuítas era estratégico, protegido dos ataques indígenas. Localizado no alto de uma colina de um sítio naturalmente defendido por escarpas e   pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú e com uma boa visão de um horizonte vastíssimo.
c) O local onde foi fundada a cidade de São Paulo ocupava o centro de todo o sistema de comunicações do planalto. A partir desse ponto foi possível articular não apenas o interior do Brasil, mas o sul até a bacia do Prata, concentrando o comércio de tropeiros até o século XIX. Esse sistema está representado nas atuais estradas que tem a cidade como ponto de convergência.
d) A proximidade do local onde está a cidade de S. Paulo  do melhor ponto para transposição da Serra do Mar no século XVI foi decisiva. Ao contrário de outros locais, só havia um abrupto para vencer, e depois um terreno  de percurso fácil até os campos de Piratininga. Esse era um caminho já usado pelos índios.
e) A localização da cidade de S. Paulo em uma imensa planície com uma mata abundante e fechada , que forneceu por longo tempo madeira para as primeiras construções. A quase inexistência de acidentes geográficos teria facilitado a ocupação, resultando numa cidade plana.

06. Assinale a alternativa que completa corretamente a assertiva abaixo.
No pós segunda guerra mundial, o crescimento industrial alterou a localização das regiões fabris de S. Paulo. A indústria ultrapassou os limites do município da capital, difundindo-se para as cidades vizinhas e acelerando o processo de ___________________.
a) polarização                   b) hierarquização                 c) globalização               d) conurbação                    e) tecnopolização
   
07. “São Paulo conhece, na verdade, a sua terceira fase de mundialização. A primeira, baseada no comércio, é aquela com a qual a cidade passa do século XIX para o século XX. A segunda é fundada na produção industrial e dura até os anos 60, ao passo que a fase atual, baseada nas anteriores, é a da metrópole global, cujas atividades utilizam da informação como base principal de seu domínio.” (Santos, Milton. Por uma economia política da cidade. S. Paulo: Hucitec, 1994)
Com base no texto acima, assinale a  alternativa que corresponde à dinâmica da fase atual da metrópole paulista:
a) descentralização industrial somada à retração econômica e perda expressiva da centralidade anterior.
b) nesta “terceira etapa da mundialização”, São Paulo concentra as suas atividades  no setor terciário e de prestação de serviços.
c) desindustrialização e redução do setor terciário (de prestação de serviços e de comércio), dependente do primeiro.
d) industrialização expandida para áreas mais distantes como zona sul, facilitada pela expansão da malha viária, como a avenida Brigadeiro Faria Lima,a Berrini e a marginal Pinheiros.
e) com o “centro novo” e o “centro expandido”,  o “centro velho” não participa mais da economia atual.   

08. Megacidades são aglomerações urbanas que:
a) alojam centros do poder mundial e sedes de empresas transnacionais.
b) concentram mais de 50% da população  total, em países pobres.
c) têm mais de 10 milhões de habitantes, em países ricos ou pobres.
d) pertencem a países de grande importância no comércio mundial.
e) não têm infra-estrutura de comunicação suficiente, apesar de serem grandes.

09. “A rede urbana não é ‘inocente’, no sentido de serem ‘simples’ conjunto de cidades ligadas entre si por fluxos de pessoas, bens e informações, como se isso fosse coisa de menor importância ou não tivesse a ver com os mecanismos de exploração  econômica e exercício do poder existentes em nossas sociedades.”   (Lopes, Marcelo. In: ABC do desenvolvimento urbano)
Com relação ao texto acima é correto afirmar que:
a) o campo é a área do território nacional que escapa da rede de poder econômico e político exercido pelas cidades.
b) as cidades se apresentam, ao longo da rede urbana, como suportes de disseminação de idéias, das cidades menores para as maiores.
c) uma metrópole nacional, a exemplo de S. Paulo, concentra as sedes das grandes empresas e, tendo como suporte a rede urbana, exerce a gestão do território.
d) os centros locais funcionam como centros de distribuição de bens e serviços e acumulam capital originários dos centros regionais da rede urbana  ao qual estão inseridos.
e) o campo funciona como suporte de disseminação de bens e idéias, até chegar a cidade.

10. Nos últimos anos, ocorreram mudanças no padrão migratório brasileiro. As metrópoles do Sudeste já não apresentam o elevado grau de atração demográfica que tinham antigamente.
Entre as causas desse fato, pode-se citar:
a) o maior controle por parte do Estado brasileiro para inibir o crescimento descontrolado das cidades.
b) a criação das frentes pioneiras no Sul do país, que representam grande potencial de empregos na zona rural.
c) a redução das históricas diferenças econômicas  entre as regiões, graças à modernização das atividades agrícolas.
d) a descentralização econômica, pois inúmeras empresas estão saindo do Sudeste e se instalando em outras regiões.
e) o empenho de órgãos, como o IBGE, que tentam promover o aumento das densidades demográficas no interior do país.

11. Leia o texto:
“O mundo está diante da perspectiva de ter mais da metade de sua população vivendo em cidades grandes, pobres, sujas e doentes.” (Veja, 28/07/99)
A respeito do fenômeno da urbanização global, as afirmações estão corretas,  exceto:
a) As cidades são a estrutura mais importante da economia globalizada e, em breve, os controles da economia internacional estarão centralizados em algumas cidades ricas.
b) A população urbana mundial está crescendo muito e criando problemas de difícil administração, principalmente nos países pobres e sem condições de investir em melhoramentos essenciais.
c) Os problemas urbanos ambientais são causados pela tendência de uma maior concentração de indústrias nas grandes cidades, atraídas por uma série de vantagens locacionais.
d) Historicamente as cidades sempre foram geradoras de desenvolvimento econômico, social e cultural, mas, atualmente, a transformação tecnológica da economia mundial e o crescimento exagerado da população urbana estão alterando esse quadro.
e) São Paulo tem sido apontada por economistas e sociólogos como a principal cidade global da América do Sul, com chances de se colocar como um dos centros econômicos mundiais.

12. Nos últimos anos, as taxas de crescimento urbano da Amazônia foram bastante elevadas. Segundo o censo 2000 (IBGE), 70% da população da região vive em núcleos urbanos. Entre as causas que melhor justificam esse crescimento, é correto citar:
a) a instalação da zona franca de comércio em Manaus e a construção da rodovia transamozônica.
b) o esgotamento da capacidade de absorção de mão-de-obra dos grandes centros da região sudeste e a migração de suas indústrias para a área de Carajás.
c) as altas taxas de natalidade do meio rural, que obrigam parte dos filhos dos agricultores a procurar meios de sobrevivência nas cidades da mineração.
d) as políticas de ocupação da Amazônia, a ampliação da fronteira agropecuária e a adoção do modo agroindustrial de produção.
e) o fato de o solo da região amazônica ser pobre e incapaz de produzir altas quantidades de alimentos, o que obriga as pessoas a migrar para as cidades.

13. As cidades estão passando por um período de transição especialmente difícil. Tem cada vez mais gente e menos emprego, menos saúde, menos qualidade de vida. Elas eram centros que viviam da indústria. Surgiram com essa função no final do século XVIII. Agora, o fenômeno acabou. As indústrias querem distância das cidades (...) A citação acima (extraída da revista Veja, 28 de julho de 1999) refere-se à geografia das grandes cidades. Analisando-a, depreende-se que: (assinale V para verdadeiro ou F para Falso):
(   ) Nas grandes cidades do século XX, o setor econômico que mais cresce é o terciário moderno (produção de programas para computadores, meios de comunicação e serviços em geral,) conforme sugere a frase onde se lê que as cidades “eram centros da indústria”.
(   ) O conteúdo social das cidades, constituído por segmentos sociais cujas condições de vida são diversas entre si, é ocultado pela generalização feita na referência a “menos qualidade de vida” nas cidades, atualmente.
(   ) Há uma idéia equivocada  na afirmação de que as indústrias estão “abandonando os grandes centros urbanos e deixando muita gente sem trabalho” pois a causa imediata do desemprego urbano não é a ‘fuga’ das indústrias das grandes cidades, mas a atuação do capital transacional: no campo, privilégio à produção para a exportação e, na cidade, automação da indústria e dos serviços.
(   )   Em “as indústrias querem distância das cidades” têm-se uma alusão à desconcentração geográfica das indústrias, fenômeno devido aos altos preços dos terrenos urbanos e à organização sindical dos trabalhadores, entre outros.


GABARITO DOS EXERCÍCIOS
01. C        
02. B         
03. B
04. B      
05. C   
06. D
07. B
08. C         
09. A      
10. C     
11. D    
12. D         

13.V, V,V,V