terça-feira, 26 de março de 2013
domingo, 24 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
PROCESSOS GEOLÓGICOS
Denominam-se Processos Geológicos ou Dinâmica, o conjunto de ações que promovem modificações da crosta terrestre, seja em sua forma, estrutura ou composição. A energia necessária a tais ações provém do Sol ou do interior da Terra.
Os Processos Geológicos que ocorrem dentro (endógenos) e sobre (exógenos) o Planeta Terra podem ser reunidos num ciclo de processos que agem continuamente sobre o material rochoso.
PROCESSOS GEOLÓGICOS ENDÓGENOS OU DINÂMICA INTERNA
São processos que ocorrem utilizando energia proveniente do interior da Terra, formando e modificando a composição e a estrutura da crosta, em uma ação mais construtiva. São processos geológicos endógenos: vulcanismo, terremotos, plutonismo, orogênese, epirogênese, magmatismo, metamorfismo, etc. Tais processos não ocorrem isoladamente, eles se interrelacionam da seguinte maneira:
Os sedimentos (areia, cascalho, etc.) quando depositados podem se consolidar formando as rochas sedimentares. Ocorrendo aumento de pressão e temperatura (metamorfismo) estas rochas se transformam em rochas metamórficas. Aumentando-se ainda mais a pressão e temperatura, estas rochas podem se fundir originando um magma, iniciando-se o magmatismo. No seu movimento no interior da crosta, o magma pode atingir a superfície (vulcanismo) onde se resfria rapidamente formando as rochas vulcânicas. Se o magma não atinge a superfície e se resfria no interior da crosta, tem-se o plutonismo com a consequente formação de rochas plutônicas. As rochas existentes podem sofrer perturbações, devido a esforços que ocorrem no interior da crosta, deformando ou quebrando-se, originando dobras e falhas. Tais esforços ao provocarem reacomodações de partes da crosta produzem vibrações que se propagam em forma de ondas constituindo os terremotos.
A orogênese é responsável pela formação de montanhas. Várias são as causas que levam à formação de montanhas, entre elas a erosão, falhas, etc., mas as grandes cadeias têm sua gênese associadas aos geossinclinais. Geossinclinais são locais de intensa sedimentação, que associada ao magmatismo, provocam sua subsidência com posterior arqueamento e soerguimento. O levantamento das cadeias de montanhas, após o entulhamento dos geossinclinais, parece estar ligado a movimentos tectônicos (esforços provenientes do interior da Terra).
Entre as várias teorias que procura explicar essa dinâmica, a Teoria Tectônica de Placas é bastante difundida. Esta teoria também procura explicar a deriva dos continentes como, por exemplo, o afastamento entre o Brasil e a África.
A epirogênese consiste dos movimentos lentos, descendentes ou ascendentes dos continentes, afetando grandes áreas continentais. Uma das teorias que explicam estes movimentos é a Isostasia.
PROCESSOS GEOLÓGICOS EXÓGENOS OU DINÂMICA EXTERNA
São processos que ocorrem usando a energia proveniente do exterior da Terra, consistindo basicamente da energia solar que atua direta ou indiretamente sobre a superfície da crosta, em uma ação mais destrutiva.
São processos geológicos exógenos: o intemperismo e a ação das águas superficiais e subterrâneas, do vento, do gelo e dos organismos.
Os processos de desagregação e decomposição de rochas por ação das águas superficiais e subterrâneas, do vento, do gelo e dos organismos constituem o intemperismo. O intemperismo e a fotossíntese são dois processos fundamentais para a vida, pois sem o intemperismo não haveria destruição das rochas e a formação dos solos, e sem a fotossíntese não haveria fixação da energia solar, vital ao ciclo de vida da Terra. A água atua tanto na superfície como na sub-superfície, tendo ação intempérica – é o principal agente de intemperismo químico – erosiva e transportadora.
Ao percolar, a água transporta (lixívia) solutos para o lençol freático, atingindo o mar ou outro ambiente de sedimentação, podendo ocorrer aí precipitação e consequente formação de rochas sedimentares químicas. Ao escoar pela superfície, transporta sedimentos (erosão), depositando-os com a diminuição de sua energia, formando depósitos que originarão solos ou rochas sedimentares clásticas.
O vento e o gelo são agentes intempéricos e transportadores. O intemperismo se dá pela ação abrasiva de partículas por eles transportadas.
Os organismos atuam amplamente sobre a crosta terrestre, desde o microrganismo que se fixa na rocha até o homem que a fragmenta para comercializa-la. As duas fontes de energia principais, para a ocorrência dos processos geológicos, são independentes entre si, sendo, entretanto, os seus efeitos recíprocos. Por exemplo, a formação de montanhas em uma determinada área é independente dos processos exógenos que estejam porventura ocorrendo, no entanto, vai gerar uma nova condição de atuação da erosão sobre montanhas surgidas, que é um processo exógeno.
As forças exógenas tendem a destruir a superfície dos continentes, transportando os materiais que vão se depositando. Por este processo, a tendência é o aplainamento total da superfície terrestre. No entanto, embora estes processos ocorram desde o início da existência da Terra, o aplainamento jamais se completou devido às forças endógenas que agem, em parte, em sentido contrario ao da erosão. A matéria proveniente do interior da Terra é continuamente impulsionada rumo à superfície, formando rochas novas, acentuando as diferenças do relevo e evitando que seja atingido o aplainamento, o equilíbrio da superfície. A modelagem da crosta terrestre é o objeto de estudo da geomorfologia.
Os processos geológicos podem ser reunidos num ciclo que atua continuamente sobre a crosta terrestre:
O ciclo é percorrido do seguinte modo: iniciando-se, por exemplo, com o intemperismo, temos uma destruição das rochas expostas na superfície pela influência de agentes químicos e físicos. O material resultante é, então, transportado por diversos meios a um local de deposição (uma depressão marinha ou continental) onde se acumula. No empilhamento sucessivo destes materiais, ocorre que as porções mais profundas sofrem maior compactação, por ser maior o pacote de sedimentos sobrepostos, consolidando-se e formando as rochas sedimentares. As rochas sedimentares podem ser novamente expostas ao intemperismo por levantamentos parciais da crosta. Este é um ciclo que faz parte dos processos geológicos exógenos.
Há outro possível que consiste na transformação de uma rocha submetida a aumentos de temperatura e pressão no local, que é o metamorfismo, levando a formação de rochas metamórficas. Este material pode sofrer ascensão e ser novamente exposto ao intemperismo, ou pode se refundir (magmatismo) podendo ascender na crosta e se derramar como produto vulcânico (vulcanismo) ou permanecer no interior da crosta e se consolidar como um produto plutônico (plutonismo). Estas rochas, assim formadas, podem ser novamente expostas à erosão, fechando o outro ciclo que faz parte dos processos geológicos endógenos.
O inter-relacionamento existente entre estes dois ciclos, ou seja, entre os processos geológicos endógenos e exógenos, é tal que os índios que vivem da pesca na Amazônia, têm uma profunda ligação com a orogênese responsável pela elevação dos Andes, e que hoje por intemperismo alimenta de sedimentos ricos, as águas dos rios da Amazônia, tornando-os mais piscosos.
FONTE: solos.ufmt.br/docs/solos1/progeo.pdf
FONTE: solos.ufmt.br/docs/solos1/progeo.pdf
A CROSTA TERRESTRE - PLACAS TECTÔNICAS
O PLANETA TERRA É COMPOSTO POR PLACAS TECTÔNICAS, QUE ESTÃO APOIADAS SOBRE O MANTO, E ASSIM SENDO ELAS SÃO INSTÁVEIS E SE DESLOCAM O QUE DENOMINAMOS DE DERIVA CONTINENTAL.
1. A TEORIA DAS PLACAS TECTÔNICAS
EM 1915, ALFRED LOTHAR WEGENER, DESCREVE NO LIVRO “A ORIGEM DOS CONTINENTES E DOS OCEANOS “ , A TEORIA INICIAL EXPONDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE A HISTÓRIA DO PLANETA TERRA.
2. O PRINCÍPIO DA DERIVA CONTINENTAL
WEGENER PARTIU DA HIPÓTESE QUE EXISTIRA UM ÚNICO CONTINENTE, DENOMINADO PANGÉIA HÁ 200 MILHÕES DE ANOS. NO INÍCIO DA ERA MESOZÓICA, A CROSTA TERRESTRE COMEÇOU A SE FRAGMENTAR.
A PANGÉIA SE FRAGMENTOU EM DOIS BLOCOS PRINCIPAIS: GONDWANA E LAURÁSIA
NO MESOZOICO FINAL INICIA-SE A FORMAÇÃO DO ATLÂNTICO E A ÍNDIA COMEÇA O SEU DESLOCAMENTO PARA O NORTE.
NO INÍCIO DO TERCIÁRIO COMEÇA A FORMAÇÃO DAS ATUAIS CADEIAS MONTANHOSAS.
EM MEADOS DA ERA TERCIÁRIA SURGE A AMÉRICA CENTRAL E O MAR MEDITERRÂNEO COMEÇA A SE ESTREITAR.
CONFIGURAÇÃO ATUAL DOS CONTINENTES, PORÉM, INSTÁVEL
DAQUI A 50 MILHÕES DE ANOS
DAQUI A 150 MILHÕES DE ANOS
DAQUI A 250 MILHÕES DE ANOS
O QUE ACONTECEU:
PLACAS TECTÔNICAS
AS PLACAS SE FRAGMENTARAM DEVIDO ÀS CORRENTES DE CONVECÇÃO DO MANTO.
A ATIVIDADE DAS CORRENTES DE CONVECÇÃO QUE OCORREM NO MANTO SUPERIOR OU ASTENOSFERA, INFLUENCIAM NA INSTABILIDADE DAS PLACAS.
AS PLACAS AO SE DESLOCAREM PROVOCAM INSTABILIDADES TECTÔNICAS, REPRESENTADAS, PRINCIPALMENTE PELO VULCANISMO E TECTONISMO.
AS MAIORES AÇÕES VULCÂNICAS DA TERRA OCORREM NO CINTURÃO DO FOGO DO PACÍFICO.
ÁREAS COM TERREMOTOS NOS CONTATOS ENTRE PLACAS TECTÔNICAS.
PLACAS TECTÔNICAS E SEUS MOVIMENTOS:
MOVIMENTO CONVERGENTE
CARACTERIZA-SE POR SER UM MOVIMENTO DE COLISÃO ENTRE AS PLACAS.
TRÊS INTERAÇÕES MECÂNICAS DIFERENTES ATUAM ENTRE AS PLACAS COM O MOVIMENTO CONVERGENTE.
EM CADA TIPO DE INTERAÇÃO ASSOCIAM-SE ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS ESPECÍFICAS.
CONTINENTAL/CONTINENTAL
COMO CONSEQUÊNCIA DESSA INTERAÇÃO, A FORMAÇÃO:
A) DAS CADEIAS MONTANHOSAS CONTINENTAIS;
B) DE UMA ZONA DE SUBDUCÇÃO, ISTO É, ÁREA ONDE OCORRE A ENTRADA DO MATERIAL DA LITOSFERA PARA O MANTO.
COMO EXEMPLO DE PLACAS COM ESSE MOVIMENTO, PODE SER CITADA A INDIANA COM A EURO-ASIÁTICA.
CONTINENTAL/OCEÂNICA
A) CINTURÕES VULCÂNICOS;
B) MONTANHAS LITORÂNEAS, COMO OS ANDES;
C) DE FOSSAS OCEÂNICAS, ISTO É, ÁREAS DE MAIORES PROFUNDIDADES DOS OCEANOS.
EXEMPLO DE PLACAS COM ESSE TIPO DE MOVIMENTO, A PLACA DE NAZCA CONTRA A SUL-AMERICANA.
OCEÂNICA/OCEÂNICA
COMO CONSEQUÊNCIAS DESSA INTERAÇÃO, A FORMAÇÃO:
A)DE FOSSAS ABISSAIS
B)DE ARCOS DE ILHAS, CUJA ORIGEM SE DÁ A PARTIR DO VULCANISMO SUBMARINO.
EXEMPLO DE PLACAS COM ESSE MOVIMENTO, A DO JAPÃO COM A DO PACÍFICO.
MONTANHAS - MOVIMENTOS CONVERGENTES
MOVIMENTO CONVERGENTE
MOVIMENTO DIVERGENTE
CARACTERIZA-SE POR SER UM MOVIMENTO DE SEPARAÇÃO ENTRE AS PLACAS.
EXISTEM DUAS INTERAÇÕES DIFERENTES ENTRE AS PLACAS COM O MOVIMENTO DIVERGENTE.
PARA CADA TIPO DE INTERAÇÃO ASSOCIA-SE CONSEQUÊNCIAS ESPECÍFICAS.
1. FOSSA TECTÔNICA OU “RIFT VALLEY”
COMO CONSEQUÊNCIA DESSA INTERAÇÃO TEM-SE A FORMAÇÃO DE LAGOS TECTÔNICOS, COMO OS EXISTENTES NO LESTE DA ÁFRICA.
É EXEMPLO DESSA SITUAÇÃO AS PLACAS DA ÁFRICA E DA SOMÁLIA.
2. DORSAL OCEÂNICA
CONSEQUÊNCIA DA INTERAÇÃO:
A) FORMAÇÃO DE UMA ZONA DE AGREGAÇÃO, ISTO É, ÁREA ONDE OCORRE A SAÍDA DE MATERIAL DO MANTO PARA A CROSTA;
B) A EXPANSÃO DO FUNDO DO MAR COMO NA CORDILHEIRA MESO ATLÂNTICA OU DORSAL DO ATLÂNTICO.
DORSAL DO ATLÂNTICO E DORSAL DO PACÍFICO
MOVIMENTO TANGENCIAL
CARACTERIZA-SE POR SER UM MOVIMENTO PARALELO ENTRE AS PLACAS.
ESTE MOVIMENTO TAMBÉM É DENOMINADO DE FALHA TRANSFORMANTE.
COMO CONSEQUÊNCIA DESSE MOVIMENTO TEM-SE AS INSTABILIDADES TECTÔNICAS.
É UM CONTATO CONSERVATIVO ENTRE AS PLACAS, POIS A LITOSFERA NÃO É CRIADA OU DESTRUÍDA DURANTE O MOVIMENTO.
A FALHA DE SANTO ANDRÉ, LOCALIZADA NO CONTATO ENTRE AS PLACAS JUAN DE FUCA E NORTE-AMERICANA É O PRINCIPAL EXEMPLO DE MOVIMENTO TANGENCIAL OU TRANSFORMANTE.
RESUMO:
terça-feira, 19 de março de 2013
MAPA SINÓTICO
CARTA OU MAPA SINÓTICO
É um mapa que nos apresenta alguns elementos que
caracterizam o estado do tempo, numa determinada região e momento. As cartas
sinóticas ou carta meteorológicas são um excelente meio para representar as
previsões dos estados do tempo, sob forma cartográfica.
Podemos comparar a carta sinótica com as imagens de satélite. Os centros
de baixas pressões (L - Low) são perfeitamente visíveis com o seu
enrolar pela direita, por se encontrarem localizados no hemisfério norte.
Na carta sinótica, dá também para
destacar as frentes frias (linhas azuis com triângulos), as frentes quentes
(linhas vermelhas com semicírculos) e as frentes oclusas (linhas violeta com
triângulos alternados por semicírculos). Para compreendermos o que se passa à
superfície, em corte, consultamos as aplicações que se seguem:
http://www.aealtodosmoinhos.pt/Geografia/swf/Sistemas%20frontais1.swf
http://www.aealtodosmoinhos.pt/Geografia/swf/Cold%20and%20Warm%20Fronts.swf
Cold front - frente fria;
Warm
front - frente quente;
Occluded front - frente oclusa;
Stationary front - frente estacionária
http://geoap.blogspot.com.br/2010/11/carta-sinoptica.html
Assinar:
Postagens (Atom)