FORMAÇÃO DAS CADEIAS MONTANHOSAS
O
planeta Terra é constituído de três camadas distintas: a litosfera, o manto e o
núcleo.
Tudo
o que ocorre na camada em que habitamos, a litosfera, está relacionado também
às outras camadas.
O
núcleo é a camada mais interna do planeta. Sua composição é, em
grande parte, de ferro e níquel com temperatura em torno de 3 000 °C a 5
000 °C.
A
camada intermediária, entre o núcleo e a litosfera, chamada manto,
é constituída de silício e ferro e tem uma temperatura entre 1 000 °C e 2000
°C. Os materiais mais próximos do núcleo, que constituem o manto, estão em
estado pastoso. Os mais próximos da crosta estão em estado sólido. O material
que compõe o interior da Terra é chamado de magma. As temperaturas variam muito
no interior do manto e formam correntes de fluxo de material chamadas correntes
de convecção.
Os
cientistas acreditam que o movimento das correntes de convecção é responsável
pelos movimentos das placas tectônicas. Ao se deslocarem, essas placas chocam-se
ou afastam-se umas das outras.
Litosfera é a camada sólida e rígida
que recobre o planeta. Dessa forma, podemos referir-nos à litosfera como crosta
terrestre. A crosta terrestre tem espessura variada: em algumas porções, 7,5 km
sob os oceanos e 70 km nos continentes. As rochas da litosfera são agregados de
um ou mais minerais em estado sólido. Uma das características marcantes da
crosta é o fato de não ser contínua, mas constituída de porções chamadas de
placas tectônicas.
Quando
duas placas se chocam, a extremidade ou borda de uma delas comprime-se e se
eleva, enquanto a outra submerge sob a primeira. As cadeias de montanhas da
superfície resultam do choque dessas placas.
Entre
as cadeias formadas nesse processo estão as grandes cordilheiras como Himalaia
(Ásia), Andes (América do Sul) e Montanhas Rochosas (América do Norte). Essas
cadeias se formaram por dobras, fraturas e soerguimento provocados pelo
movimento tectônico da superfície terrestre.
Quando
as placas se afastam, o magma emerge, provocando a formação de cadeias de
montanhas, chamadas dorsais meso-oceânicas.
Quando
observamos os continentes por imagens produzidas por satélites, de
representações cartográficas ou mapas-múndi, três aspectos se destacam pelo
tamanho, forma e posição: imensas massas de terras emersas.
A
disposição dos continentes nunca foi a mesma, pois, na dinâmica da crosta,
ocorrem os movimentos das placas tectônicas, que alteram as massas
continentais.
Os
atuais continentes são resultado da interação das forças internas do planeta,
ao longo de milhões de anos. A partir do princípio de descontinuidade da crosta
terrestre, o geofísico e meteorologista Alfred Wegener (1880-1930) criou, em
1912, a teoria da deriva continental, que estabelece o deslocamento de
continentes e oceanos.
Observa
o encaixe entre os contornos dos continentes, bastante evidente, na porção
oriental da América do Sul com a ocidental da África.
Para
esse autor, esses encaixes eram a prova de que, em passado remoto, os
continentes formavam uma única massa emersa, que ele chamou de Pangeia. Estudos
atuais de amostras de rochas em diferentes continentes levaram à confirmação
dessa teoria. Entre 200 a 300 milhões de anos atrás, os continentes estariam
unidos numa única massa continental.
IRREGULARIDADES DA CROSTA – RELEVO
Quando
observamos a montagem da geoesfera, produzida desde imagens de satélite,
notamos diferentes cores e formas na superfície dos continentes. Para
compreendermos as características físicas da superfície terrestre, devemos
estudar as irregularidades da crosta terrestre: o relevo.
Segundo
as atuais classificações geomorfológicas, distinguem-se três formas de relevo:
Montanhas:
elevações do terreno ou áreas elevadas em relação ao nível do mar. Têm formas
bastante irregulares e com encostas inclinadas. As montanhas, quando juntas
umas às outras, formam cadeias ou cordilheiras. Genericamente, são originadas
pela ação do choque entre placas nos últimos milhões de anos.
Planaltos:
áreas do terreno cuja superfície é geralmente aplainada e com bordas e escarpas
suaves. Nos planaltos, predominam o processo de desgaste das rochas provocado
por agentes como a chuva, a variação de temperatura e as geleiras. Geralmente,
apresentam altitude mais elevada em relação aos terrenos que os circundam.
Planícies:
áreas planas com poucas ondulações, em que predomina o processo de deposição de
sedimentos, ou sedimentação. Na maioria das planícies, o rio é o agente de
transporte e deposição de sedimentos.
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