O CARVÃO MINERAL
Assim como
o petróleo e o gás natural, o carvão mineral é um combustível
fóssil de origem orgânica que teve seu uso como fonte de energia básica na I
Revolução Industrial.
As indústrias nesse momento
histórico se instalavam próximo as reservas carboníferas para diminuir seu
custo de produção.
Carvão mineral:
- entre as fontes não
renováveis de energia, o carvão mineral apresenta as reservas mais abundantes;
- é a segunda fonte de energia
mais consumida no mundo;
- é responsável pela geração
de 40% da energia elétrica consumida no mundo;
Segundo dados de 2008, China e
Estados Unidos são os maiores produtores de carvão mineral do mundo;
O carvão mineral é utilizado
nas indústrias siderúrgicas (para a produção do aço), nas indústrias químicas
(para fabricar benzina, amoníaco, gás combustível, óleo, anilina...), é
matéria-prima para a produção do asfalto, piche, corantes, inseticidas, tintas,
náilon, entre outros.
Para formar depósitos de
carvão mineral, é necessário um ambiente de deposição de sedimentos orgânicos,
de origem vegetal, em ambientes lacunares.
Observa o exemplo esquemático
dos fatores que atuam na formação dos depósitos carboníferos.
Sobre a capacidade de geração de energia, e a quantidade de carbono, podemos encontrar quatro variedades de carvão:
- Antracito (90% a 96% de carbono, formado na era paleozoica - o maior poder calorífero);
- Hulha (75% a 90% de carbono, também formado na era paleozoica - o mais abundante e mais consumido);
- Linhita (65% a 75% de carbono, formado na era mesozoica);
- Turfa (55% de carbono, formado na era cenozoica - o menor poder calorífero).
Os principais problemas atrelados ao uso do carvão estão na elevada poluição gerada, tanto na extração quanto na queima do mesmo.
Na extração, desmatamento, poluição dos mananciais e solo, aceleração dos processos erosivos... As condições de trabalho são precárias. Ambiente úmido, escuro, inóspito altamente danoso a saúde dos mineiros.
Na queima, existe a liberação de gás carbônico (CO2), gás do efeito estufa e dióxido de enxofre (SO2) grande responsável pela chuva ácida.
Na bacia carbonífera Sul Catarinense, apesar de sua importância econômica e social, a mineração de carvão tem causado danos ambientais significativos nos meios antrópico, biótico e físico.
Durante os processos de lavra e beneficiamento são gerados volumes consideráveis de rejeito e de estéril ricos em minerais sulfatados, como a pirita e a marcassita, que vão gerar drenagens ácidas.
Por esses motivos, a região carbonífera de Santa Catarina é uma das áreas brasileiras que apresenta um dos maiores quadros de degradação ambiental gerada pela mineração, com um elevado passivo ambiental.
A morfotopografia de algumas das áreas lavradas lembra uma paisagem lunar e as águas da região apresentam altos teores de ácido sulfúrico.
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