2º ANO – EXERCÍCIOS
DE REVISÃO – GEOGRAFIA – I TRIMESTRE – 2014
1.
É
possível afirmarmos que na contemporaneidade ocorre padronização do consumo e
do comportamento? Justifica:
Pessoal.
2.
Difere
a produção artesanal da produção industrial?
Existem
diferentes formas de transformar a natureza no capitalismo.
Artesanato:
a forma de produzir, o ritmo, o uso de determinados instrumentos e as técnicas
pertencem à mesma pessoa que conhece e realiza todas as etapas de produção.
Industrial:
ocorre maior divisão de trabalho, usa-se maquinas para aumentar a
produtividade.
Atualmente,
vários fatores estabelecem as diferenças entre as formas de produção:
quantidade de pessoas, divisão do trabalho, conhecimento da produção,
propriedade dos meios de produção e finalidade da produção.
3.
Entre
o século XVI e XVIII os comerciantes passaram a controlar a produção, o
trabalho e os meios de produção distanciando o produtor do produto. O que isso
caracterizou?
Assim
surge a separação entre o capital (maquinas, prédios, matéria-prima) e o
trabalho (mão de obra) caracterizando a produção industrial capitalista. Essa
produção sofre modificações ao longo dos anos para se tornar ainda mais
lucrativa.
4.
De
acordo com o processo histórico da Revolução Industrial, como se apresentam as
relações de trabalho?
Se a revolução industrial atingiu seu apogeu no
século XIX, no século seguinte se deparou com a primeira crise da acumulação do
capital que teve seu início nos anos de 1970, enfatizando-se na década de 1990
com os processos de reestruturação produtiva e de ajustes estruturais. Pode-se
dizer, que nas últimas décadas as relações sociais e de trabalho sofreram
profundas modificações, principalmente no que diz respeito às privatizações, um
dos motivos responsáveis pelo alargamento do desemprego, do contrato temporário
e conseqüentemente do aumento da desigualdade e da exclusão social.
Portanto, a
transformação societária capitalista ampliou a complexidade das relações de
trabalho estabelecida. Segundo Antunes (2000), os novos padrões de organização
e gerenciamento, oriundas das transformações no mundo do trabalho, teve a
substituição dos padrões rígidos Taylorista/Fordista por padrões mais flexíveis
como o Toyotismo, que propõe a flexibilização da produção, opera com estoque
mínimo se adaptando a atender com rapidez às novas exigências do mercado,
implicando na flexibilização e na eliminação dos direitos trabalhistas, pode-se
afirmar que este padrão de produção toma força na década de 1990, se estabelece
e consegue se manter.
Estas
transformações não refletem apenas nas relações de trabalho, provocam
modificações drásticas na vida cotidiana do trabalhador, como: nos direitos, na
educação, no lazer e na vida privada, acentuando, cada vez mais, a concentração
do capital para um número bastante reduzido e a pobreza se ampliando gerando em
larga escala as contradições sociais. Sem dúvida, o trabalho precário e o
desemprego estrutural associam-se à desestruturação das políticas sociais e
mostram na atualidade uma realidade social dramática e perversa oriunda da
histórica relação entre política social e processo de acumulação
capitalista.
Continua existindo
um movimento contraditório nas relações de trabalho nesta sociedade, de um
lado, reduz o operariado industrial, em "decorrência do quadro recessivo,
quer em função da automação, da robótica e da microeletrônica, gerando uma
monumental taxa de desemprego estrutural Por outro lado, dá-se a
subproletarização do trabalho, os novos postos de trabalho, parcial,
"terceirizado", subcontratado, os quais tomam forma de relações
informais de emprego. É a "precariedade do emprego e da remuneração; a
desregulamentação das condições de trabalho em relação às normas legais
vigentes ou acordadas e a conseqüente regressão dos direitos sociais, configurando
uma tendência à individualização extrema da relação salarial.
Nesta última década
foi possível observar grande retratação do emprego formal e a expansão do
emprego informal juntamente com a criação de um novo espaço chamado de estágio,
criação esta que mais uma vez vem degradar a vida do trabalhador. Logo, o
trabalhador é impedido de usufruir os direitos legais (de férias, 13º salário,
previdência social, seguro desemprego, etc.) pertencentes ao emprego formal. O
trabalhador transita por formas permanentes de exclusão, uma vez que os
direitos constitucionais são substituídos pelos direitos contratuais e sendo
este reconhecido pelo sistema capitalista através da relação contratual do
trabalho se não estiver inserido formalmente nesta relação não ganha
visibilidade econômica e política, pelo fato de não bastar somente ter a posse
da força de trabalho, é necessária a posse e a efetivação do emprego formal.
Logo, o contrato de trabalho define imediatamente as condições de reprodução do
trabalhador no mundo das relações sociais capitalista, mesmo não garantindo
melhores condições de sobrevivência (moradia, saúde, educação, entre outros)
diante dos baixos níveis salariais, fatores que tendem à desvalorização do
trabalho humano.
5.
O
que justifica o adensamento industrial da costa leste dos Estados Unidos?
Na costa leste dos EUA,
existem grandes jazidas de ferro e carvão. Foi onde localizou-se inicialmente,
o grande parque industrial denominado de Manufacturing Belt (cinturão
industrial).
6.
Difere
colonização de exploração de colonização de povoamento:
No Sistema Colonial Tradicional encontramos diversas
formas de colonização,
que, de uma maneira geral, podem ser agrupadas em dois grandes tipos: as
colônias de povoamento e
as de exploração.
Povoamento
As colônias
de povoamento correspondem àquelas que se desenvolveram nas áreas
temperadas da América, melhor exemplificadas com as colônias inglesas da
América do Norte, especialmente a Nova Inglaterra. Essas, apresentam
as seguintes características:
• Povoamento por grupos familiares de
refugiados religiosos (puritanos); por essa razão, permanente, onde o ideal de
fixação estava associado ao desejo de prosperidade e desenvolvimento, tentando
reproduzir na América a forma de vida que possuíam na Europa.
• Ideal de acumulação vinculado à valorização do
trabalho, à poupança e à capitalização.
• Investimento na própria colônia dos lucros
gerados pela produção local, convergindo para a metrópole apenas os tributos.
• A produção colonial atendia à satisfação das
necessidades internas e se organizava em pequenas propriedades, com grande
utilização do trabalho livre e familiar.
• Criação de um mercado interno.
• Valorização da educação, da instrução e da
mulher.
• Consciência da autonomia e desenvolvimento
precoce do ideal de emancipação.
Exploração
As colônias
de exploração, exemplificada pela colonização portuguesa no Brasil,
correspondiam aos interesses mercantilistas da época e apresentam as seguintes
características:
• Ocupação espontânea, conseqüentemente temporária,
por grupos de indivíduos onde o ideal de fixação foi suplantado pelo ideal de
exploração econômica, de forma imediata e sem grandes investimentos.
• Ideal de enriquecimento rápido na colônia
com gastos na Europa (“Fazer a América”), vinculado à mentalidade
transoceânica, em que, em geral, as famílias ficavam na metrópole.
• Exportação para a metrópole da totalidade dos
lucros obtidos com a produção colonial.
• Produção em grande escala para o mercado
externo, atendendo aos interesses metropolitanos, baseada na grande propriedade
e no trabalho escravo.
• Economia extrovertida e dependente, impedindo a
formação de um mercado interno.
• Desvalorização do trabalho manual, da educação,
da instrução e da mulher.
• Desenvolvimento tardio do ideal de emancipação.
7.
Quais
são as características essenciais para que haja industrialização?
Para a
produção industrial são necessários: matéria-prima, energia, mão de obra e máquinas,
portanto, ocorre uma interdependência entre os outros setores da economia
(matéria-prima e energia – setor primário; máquinas – setor secundário; mão de
obra – setor terciário).
A
produção, compra, venda e circulação integra o mercado e organizam a produção
do espaço. Apesar de não serem interdependentes, as indústrias interligam os
lugares pelo sistema de transporte e comunicação. Elas promovem uma Divisão
Territorial do Trabalho. A escolha dos lugares para instalação das indústrias é
feita de acordo com os interesses locais e garantia de lucro. Onde for
vantajoso acontece à instalação industrial.
8.
Por
que, no Brasil, a região Sudeste é a mais industrializada?
Devido a cafeicultura que proporcionou o desenvolvimento de
infraestrutura, disponibilidade de capital, de mercado consumidor e de mão de
obra (imigrantes), incentivos governamentais e matéria prima.
9.
Difere
os países de acordo com a distribuição das indústrias pelo mundo:
Existe uma distribuição
desigual das indústrias no mundo:
Países altamente
industrializados – EUA, Japão, Europa Ocidental
Países recentemente
industrializados – Brasil, Argentina, México, Rússia, Austrália e África do
Sul.
Países semi-industrializados –
Argélia, Egito, Tunísia, Arábia Saudita, Índia, China e outros.
Países com pouca ou nenhuma
industrialização – Colômbia, Bolívia, grande parte dos países do continente
africano, Afeganistão e outros.
10.
As
transformações sociais, a separação entre capital e trabalho, a constituição de
classes sociais e a produção industrial são condições para o desenvolvimento de
uma nova espacialidade. Qual é o espaço dessas transformações? Justifica:
O
processo industrial promove uma divisão de trabalho, uma separação entre
capital e trabalho. Ocorrem grandes transformações espaciais e sociais. As
cidades sofrem uma alteração da área urbana para facilitar a mobilidade dos
trabalhadores, das matérias-primas e comercialização das mercadorias. Com a
separação entre capital e trabalho, ocorre a formação de diferentes classes
sociais. Surgem nas cidades bairros pobres operários, fabris e nobres. As
cidades promovem a integração com outras cidades e regiões, tanto no processo
produtivo com por meio do mercado.
Na
Inglaterra, o espaço geográfico se altera com a produção industrial. Londres transforma-se
em território das grandes empresas industriais produzindo novas paisagens.
As
transformações espaciais ocorridas, a separação entre capital e trabalho, a
constituição de classes sociais e a produção industrial são condições para o
desenvolvimento de uma nova espacialidade.
O
espaço dessas transformações é a cidade, que passa a concentrar e, ao mesmo
tempo, separar o capital do trabalho: bairros pobres com moradias operárias,
bairros fabris e bairros nobres. A cidade passa a ser local de integração com
outros locais e regiões por meio do mercado.
11.
A
sociedade atual é altamente consumista. Sendo assim, a indústria tem que
possuir elevados índices de produtividade. Então, por que atualmente ainda
podemos afirmar que a produção artesanal é muito importante?
A produção artesanal é importante porque mantém as tradições de
diferentes povos e coexiste com outras formas de produção.
12.
Entre
o século XVI e XVIII, os comerciantes passaram a contratar artesãos já que a
produção artesanal não supria a necessidade comercial. Qual era o objetivo dos
comerciantes?
Nos séculos XVI e XVII a produção artesanal na Europa não era
suficiente para atender os comerciantes, faltava mercadoria. Para aumentar a
lucratividade, os comerciantes passam a contratar artesãos para trabalharem
juntos num mesmo local, fábrica. Assim, controlavam a produção, o trabalho e os
meios de produção.
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