8ª SÉRIE – CORREÇÃO - EXERCÍCIOS DE REVISÃO
1. Diferencia tempo e clima:
Tempo é uma combinação
passageira dos elementos do clima. Clima é a sucessão habitual dos tipos de
tempo.
Tempo
é um estado transitório da atmosfera, caracterizado por um conjunto de
variáveis ou elementos que se influenciam reciprocamente. Representa uma
combinação passageira de elementos atmosféricos, que se repete ao longo do
tempo e sobre o mesmo espaço. É, portanto, o estado da atmosfera em um
determinado momento e sobre um determinado lugar. Pode durar tanto horas, como
alguns dias. Clima é a sequência habitual dos tipos de tempo, obtida por
observações durante um longo período de tempo (mínimo 30 anos) e que resultam
da combinação das condições atmosféricas dia a dia. São estados permanentes
(não momentâneos) da atmosfera. São duráveis e capazes de definir um meio com
valor geográfico. Incluem, também, os desvios de comportamento em relação às médias
(variabilidade), condições extremas (por exemplo, seca e enchente),
probabilidades de frequência ou de ocorrência de determinadas condições de
tempo.
2. Quais são os elementos climáticos?
São os que compõem o
clima. Temperatura, Pressão atmosférica, Vento,
Umidade do ar, Precipitação atmosférica –
chuva, neve e granizo; Massa de ar.
3. Quais são os fatores climáticos?
São os que alteram o
clima. Altitude, latitude, massas líquidas, maritimidade e continentalidade,
correntes marítimas, vegetação e ação antrópica.
4. Explica como a temperatura varia de
acordo com a latitude, a altitude, a maritimidade e a continentalidade:
Latitude
– a temperatura diminui com o aumento da latitude.
Altitude
– quanto maior for a distância em relação à
superfície terrestre menor será a temperatura. A temperatura diminui com a
altitude, isto devido à rarefação do ar. Em media, para cada 200m, haverá uma
relação de 1ºC na temperatura.
Distribuição
das Terras e das Águas:
Maritimidade: faz que a amplitude seja menor quanto uma
região se encontra próxima do mar. Maritimidade
variações térmicas menores = menor amplitude térmica.
Continentalidade: ocorre quando a região encontra-se afastada
do mar. Nesse caso, a amplitude térmica é maior. Continentalidade variações térmicas maiores = maior amplitude térmica.
5. Conceitua pressão atmosférica:
É a força que o ar
exerce sobre a superfície terrestre.
6. Como a pressão atmosférica varia de
acordo com a altitude?
Quanto menor a altitude
maior o volume de gases sobre a superfície, portanto maior pressão. Na mediada
em que a altitude é maior, menor pressão porque a densidade é menor.
7. Define vento. Diferencia zonas de
baixa pressão e de alta pressão:
É o ar em movimento. É decorrente da diferença da pressão
atmosférica, pois sabemos que a superfície terrestre não recebe a mesma
quantidade de calor.
As regiões onde o ar faz movimento ascensional são
denominadas de zonas de Baixa Pressão enquanto que nas regiões onde temos
movimentos descensional são chamadas de zonas de ALTA Pressão.
8. Caracteriza os furacões e os tornados:
Furacões se originam em oceanos tropicais nas áreas quentes
e úmidas. Essas massas de ar sobem e encontram violentos ventos de altitude,
iniciando-se o turbilhonamento do ar, que forma nuvens das quais saem chuvas
torrenciais.
Tornados são verdadeiros
túneis de ar turbilhonante e aparecem suspensos em uma nuvem negra. Ocorrem com
maior frequência no Vale do Mississipi (EUA) onde se dá o choque entre ar
quente e úmido procedente das Montanhas Rochosas.
9. Conceitua umidade do ar?
É a água em suspensão
no ar atmosférico. O ar tem uma capacidade limite é atingido, o ar fica
saturado. O ar quente tem maior capacidade de conter maior vapor de água do que
o ar frio. Quando o ar saturado enfrenta uma diminuição de temperatura ele
condensa originando o orvalho, as nuvens, a neve, o nevoeiro e a chuva.
10. Diferencia umidade relativa de umidade
absoluta:
Umidade
absoluta é a quantidade de
vapor de água existente na atmosfera em um dado momento, a uma determinada
temperatura enquanto que umidade
relativa é a relação existente entre a umidade absoluta e o ponto
de saturação. Ponto de saturação é
o limite máximo da atmosfera em conter umidade.
11. O que é precipitação? Quais são os
tipos de precipitações? Define-os:
A chuva é uma
precipitação líquida.
Há três tipos
fundamentais: convectivas, orográficas e frontais.
Convectivas:
quando provocadas pela evaporação e o
consequente resfriamento pela ascensão do ar úmido, fenômeno que ocorre nas
zonas equatoriais e tropicais.
Orográficas:
são resultantes do deslocamento
horizontal do ar que, ao encontrar com uma área montanhosa (mais fria) o ar
sobe se resfria e condensa provocando chuvas.
Frontais:
quando causadas pelo encontro de uma
massa fria com outra quente e úmida, típica das regiões de médias latitudes
como as de inverno no Brasil meridional.
12. Conceitua massas de ar:
São porções da atmosfera que apresentam características
particulares de temperatura, pressão e umidade. Em consequência disso, elas
podem ser quentes ou frias e secas ou úmidas.
13. Explica os fenômenos “El Niño” e “La
Ninã”:
Fenômeno
El Niño: aparece no Pacífico
na altura da costa do Peru. Trata-se de um aquecimento das águas do oceano em
Novembro/Dezembro. Provocam fortes chuvas no Centro-Sul do Brasil e seca no
Nordeste. O mecanismo da natureza que gera fenômenos climáticos como o El Niño ainda é pouco conhecido
pelos cientistas. A teoria mais aceita é a de que o aumento da temperatura da
superfície do Oceano Pacífico esteja ligado a uma mudança de larga escala nas
correntes atmosféricas. Essa mudança provocaria uma alteração na distribuição
dos centros de Alta e Baixa pressão, que, muitas vezes, barram a passagem de
alguns sistemas de nuvens ou frente frias.
Fenômeno “La Niña”: ocorre apos o El Niño com efeitos opostos. Os
ventos alísios aumentam e levam as águas quentes superficiais para a Ásia, onde
provocam fortes chuvas. As águas frias fazem o caminho contrário e atingem a
superfície nas proximidades do litoral do Peru, tornando maior o número de
peixes na região. No Brasil, o La Niña causa fortes chuvas nas regiões Norte e
Noroeste e estiagem no Sul.
14. Quais são os principais tipos
climáticos da Terra?
Polares ou Glaciais, temperados,
mediterrâneos, tropicais, equatoriais, subtropicais, semiárido, áridos ou
desérticos.
15. Caracteriza os climas polares,
temperados, tropicais, subtropicais, equatoriais e semiárido:
Polares ou Glaciais:
ocorrem em latitudes extremamente elevadas, próximas aos círculos polares Ártico
e Antártico, onde há grande variação na duração do dia e da noite e,
conseqüentemente, na quantidade de radiação absorvida ao longo do ano. São
climas que se caracterizam por baixas temperaturas o ano inteiro, atingindo no
máximo 10ºC nos meses de verão, em regiões onde a massa de neve e gelo que
recobre o solo derrete e o dia é muito mais longo que a noite.
Temperados: é apenas
nas zonas climáticas temperadas que encontramos uma definição clara das quatro
estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Há uma nítida distinção
entre as localidades que sofrem influência marítima, de amplitude térmica
menor, e no interior dos continentes, onde as variações de temperatura diária e
anual são bastante acentuadas.
Tropicais: são climas
quentes o ano inteiro, apresentando apenas duas estações bem definidas (inverno
ameno e seco, verão quente e chuvoso. Nas localidades de clima tropical sob
influência da maritimidade, a amplitude térmica diária e anual é menor e o
inverno não é tão seco, em comparação com as regiões que sofrem influência da
continentalidade.
Subtropicais: característicos
das médias latitudes, onde já começam a se delinear as quatro estações do ano.
Caracterizam-se por chuvas abundantes e bem distribuídas, verões quentes e
invernos frios, com significativa amplitude térmica anual.
Equatoriais: ocorrem
na zona climática mais quente do planeta. Caracterizam-se por temperaturas
elevadas e chuvas abundantes o ano inteiro, com pequena amplitude térmica
anual, já que as variações de duração entre o dia e a noite e de inclinação de
incidência dos raios solares são mínimas.
Semiárido: são climas
de transição, que se caracterizam por apresentar chuvas escassas e mal
distribuídas ao longo do ano. São encontrados tanto em regiões tropicais (onde
as temperaturas são elevadas o ano inteiro) quanto em zonas temperadas (onde os
invernos são frios).
16. Explica o processo de desertificação
citando os fatores que contribuem para a sua formação:
Os desertos têm as
seguintes causas fundamentais:
Altas pressões
subtropicais: são áreas que expulsam ventos e, portanto, impedem a entrada do
ar úmido, geralmente vindo do litoral. Essas regiões são o ponto de partida dos
ventos alísios que sopram em direção às baixas pressões.
Continentalidade: quanto
mais distante do litoral, menor a influência dos oceanos e, portanto, o clima
tende a ser mais seco.
Relevo: planaltos
e cadeias montanhosas formam obstáculos que impedem a penetração do ar úmido,
aumentando a aridez.
Correntes marítimas: as
correntes frias resfriam o ar úmido sobre o oceano, provocando chuvas e
esgotando a umidade do ar. Ao penetrar no continente, as massas de ar já estão
sem umidade e são incapazes de provocar chuvas.
17. O que é uma carta sinótica? Qual é a
sua função?
É um
mapa que nos apresenta alguns elementos que caracterizam o estado do tempo,
numa determinada região e momento. As cartas sinóticas ou carta meteorológicas
são um excelente meio para representar as previsões dos estados do tempo, sob
forma cartográfica.
Podemos
comparar a carta sinótica com as imagens de satélite. Os centros de baixas
pressões (L - Low) são perfeitamente visíveis com o seu enrolar pela direita,
por se encontrarem localizados no hemisfério norte.
O
termo “sinótico” origina-se do grego (synoptikos), que significa proporcionar
uma visão geral de uma determinada área de abrangência. A partir de
dados oriundos de estações meteorológicas em superfície, que são medidos e
registrados em horários padronizados, é possível determinar, numa escala
horizontal, sistemas meteorológicos atuantes.
A
carta sinótica possibilita ao usuário identificar a atuação de
frentes frias/quentes, sistemas de baixa e de alta pressão,
instabilidades e zonas de convergência. A data e o horário de referência da
figura estão mostrados no canto superior esquerdo. O horário “Z” (Zulu),
refere-se ao Tempo Médio de Greenwich (TMG).
18. Como as correntes oceânicas contribuem
para a regulação das temperaturas e da distribuição das chuvas?
As temperaturas das águas oceânicas são
responsáveis pela estabilidade ou instabilidade da atmosfera, pela variação no
volume de evaporação que é transportado pelas correntes aéreas formando chuvas
sobre os continentes. A circulação oceânica transfere grandes volumes de água
com temperaturas específicas para lugares bem distantes de onde se formaram. Assim,
as correntes marítimas frias vão em direção aos trópicos e vice-versa ocorrendo
o equilíbrio térmico do planeta. Contribui para a regulação das temperaturas e
pelas diferenças em relação à distribuição das chuvas.
19. Onde se formam a maioria das massas de
ar?
A maioria das massas de ar se formam sobre os
oceanos como as tropicais marítimas (Tm), as equatoriais marítimas (Em) e as
polares marítimas (Pm). A dinâmica dessas massas interfere nas condições e
características climáticas do planeta.
20. Onde ocorrem os índices mais elevados
de temperatura e pluviosidade no nosso planeta? Justifica:
A distribuição das chuvas pelo planeta depende da
latitude, da maritimidade, altitude, correntes oceânicas e massas de ar.
Os índices mais elevados de pluviosidade ocorrem
próximo à linha do Equador. O mesmo acontece com as temperaturas. Esse fenômeno
tem relação com a forma da Terra – geoide e inclinado – o que faz com que uma
faixa do planeta receba maior quantidade de radiação do que a outra.
21. Caracteriza as frentes frias e as
frentes quentes:
Uma frente quente é uma
região em que uma corrente de ar quente e úmido do norte começa a passar por
cima da massa fria vinda do sul (isso no nosso hemisfério). A massa de ar
quente desliza suavemente sobre o obstáculo que é a massa de ar frio. O ar
quente subindo se expande e fica mais frio; a umidade se condensa e forma
neblina e nuvens. Frequentemente se produz um chuvisco. As nuvens da frente
quente ficam a poucos quilômetros de altura.
Uma frente fria é uma
região em que uma corrente de ar frio e seco do sul vence a massa de ar quente
e úmido, intrometendo-se por baixo dela e fazendo-a subir. Ventos violentos
resultam, frequentemente acompanhados de relâmpagos e trovões. Essas frentes,
que se deslocam para o norte, são seguidas por tempo mais frio e seco que
muitas vezes precede ondas de frio.
22. Por que as previsões meteorológicas
ainda falham?
Diariamente,
mais de 1 milhão de informações são coletadas, reunidas e enviadas para as
grandes metrópoles e megacidades. Mas, em alguns lugares ainda faltam
informações precisas. Além disso, os veículos de comunicação passam previsões
de mais de um dia, no entanto, a dinâmica meteorológica é intensa e a cada dia
ou até dentro do próprio dia, podem haver alterações significativas.
Apesar
das falhas, as previsões meteorológicas são de grande valia para a sociedade.
Em
alguns momentos evitou que a chegada de grandes tempestades pegassem moradores,
pescadores, marinheiros, desprevenidos.
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