quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ISRAEL X PALESTINA

CONFLITO ISRAEL X PALESTINA
Nome: Estado de Israel
Capital: Jerusalém (capital nacional e sede de governo), Tel Aviv (reconhecida internacionalmente)
Divisão: seis distritos
População: 7.285.033
Área: 20.770 quilômetros quadrados (não inclui territórios ocupados)
Idioma: hebraico (oficial), árabe, inglês
Moeda: shekel novo
Religião: Judaica (76,4%), muçulmana (16%), cristãos árabes (1,7%), outros cristãos 0,4% (2004)
Forma de governo: república parlamentarista
Posição no IDH: 23. A Noruega lidera a lista, e o Brasil está na 84ª posição
PIB (total de riquezas produzidas): US$ 194.015 milhões
Renda "per capita" anual: US$ 27,061
Internautas: 3,7 milhões
Analfabetismo: 4,6% (2003)
População abaixo da linha da pobreza: 21,6% (2005)
O Estado de Israel foi fundado em 1948, após o Plano de Partilha elaborado pela ONU, que dividiu a região, então sob domínio britânico, em Estados árabes e judeus, embora os primeiros tenham rejeitado o plano.  Foi o ponto alto do movimento sionista que buscava um Estado independente para os judeus. Desde então, a história de Israel, assim como a sua extensão territorial, tem girado em torno de conflitos com palestinos e nações árabes vizinhas.  Houve guerras com o Egito, a Jordânia, a Síria e o Líbano, mas sem que a tensão na região diminuísse.
Nesse período, Israel ocupou a península do Sinai, a Cisjordânia, a faixa de Gaza, as Colinas de Golã, o sul do Líbano. Em 1979, Egito e Israel selaram um acordo de paz, e os israelenses retiraram-se do Sinai em 1982. Disputas territoriais com a Jordânia foram resolvidas em 1994. Seis anos depois, Israel retirou-se unilateralmente do sul do Líbano.
Em 1993, foi assinado o Acordo de Oslo, que deu início ao processo de paz com os palestinos. Pelo acordo, a faixa de Gaza e a Cisjordânia passariam a ser território administrado pela ANP (Autoridade Nacional Palestina). Em 2005, Israel retirou suas tropas e colonos judeus - sob protestos destes - da faixa de Gaza.
Apesar da devolução da faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia para o controle palestino, um acordo de "status final" ainda precisa ser estabelecido. Para isso, será preciso resolver os principais pontos de discórdia, que são o status de Jerusalém e o destino de refugiados palestinos e de assentamentos judeus.
Mais recentemente, a eleição do Hamas - grupo terrorista e partido político cuja carta de fundação prevê a destruição do Estado de Israel - em janeiro de 2006 para liderar o Conselho Legislativo Palestino congelou as relações entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina.
O Estado de Israel, que abriga mais de 7 milhões de pessoas, é um dos países mais desenvolvidos do Oriente Médio, a começar por sua economia: o país é líder de exportação de diamantes, equipamentos de alta tecnologia, e alimentos, como frutas e vegetais.
Além de todo esse desenvolvimento, a economia israelense conta com a ajuda dos Estados Unidos, que provê vários empréstimos ao país. A economia desenvolvida, porém, não alivia o peso de um dos países mais controversos do mundo.
Enquanto Israel depende da importação de petróleo, os países vizinhos são ricos neste recurso, o que financia e gera muitos dos conflitos locais. A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) inclui entre seus membros seis nações da região: Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Qatar.
Desde sua criação, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Israel e todo o Oriente Médio vêm sendo sacudidos por guerras e confrontos entre judeus e árabes, que não concordam com a divisão territorial das antigas terras palestinas.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) surgiu como resultado dos Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina. Nos termos estabelecidos no acordo, a ANP deveria existir até maio de 1999. No final deste período, o estatuto final dos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia, ocupados por Israel após a vitória na Guerra dos Seis Dias, de 1967, já deveria estar resolvido.
Em janeiro de 1996, foram realizadas as primeiras eleições para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina. Yasser Arafat foi eleito presidente com 87,1% dos votos, ocupando o cargo até à sua morte em Dezembro de 2004. O seu partido, a Fatah, ganhou 55 dos 88 lugares do Conselho. O cargo de primeiro-ministro da ANP foi criado em 2003 pelo Conselho Legislativo da Palestina - por sugestão dos Estados Unidos -, tendo sido Mahmoud Abbas [eleito presidente da ANP em janeiro de 2005] o primeiro a ocupar o cargo.
Em janeiro de 2006, o Hamas - grupo considerado terrorista por Israel, pelos EUA e pela UE -, venceu as eleições parlamentares e formou governo com Ismail Haniyeh como primeiro-ministro. A vitória do Hamas acirrou as tensões, já que o grupo não aceita a existência de Israel, e prega a destruição do Estado em sua carta de fundação, de 1988.
Mas Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não estão sozinhos ao protagonizar disputas na região. Marcados por diferenças religiosas, culturais e políticas, os Estados árabes e persa (Irã) que integram a região vivem inúmeros conflitos alimentados pela jogo de influências da comunidade internacional. A última guerra no Líbano (entre julho e agosto de 2006), o conflito no Iraque, o aumento da tensão entre o Irã e os Estados Unidos, a luta no Afeganistão entre as forças internacionais e o grupo radical islâmico Talibã [grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão] são exemplos. Geograficamente, o Oriente Médio se situa ao redor das costas sul e leste do mar Mediterrâneo. Em várias definições, a região se estende desde o Marrocos até a península Arábica e o Irã, mas não há um significado oficial para o termo. De forma geral, Oriente Médio assumiu seu sentido atual quando este nome foi dado ao Exército britânico que comandava no Egito durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
À época, a região conhecida como Oriente Médio englobava Turquia, Chipre, Síria, Líbano, Iraque, Irã, territórios palestinos (onde hoje se encontra o Estado de Israel), Jordânia, Egito, Sudão, Líbia e os vários Estados árabes (Arábia Saudita, Kuwait, Iêmen, Omã, Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos). Informalmente, vários outros países são hoje incluídos no termo. Os três países do norte da África - Tunísia, Argélia e Marrocos -, sendo próximos aos Estados Árabes com relação à política externa e religião, podem ser incluídos na definição. Além disso, fatores geográficos e culturais costumam associar também o Afeganistão e o Paquistão ao Oriente Médio.
Conflito Israel X Palestina - Faixa de Gaza e Cisjordânia
O conflito Israel - Palestino envolve a disputa dos dois povos pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada por Israel e pelos territórios palestinos.
O impasse teve início no século XIX, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um Estado moderno em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos na região, na época controlada pelo Império Otomano. Desde então, houve muita violência e controvérsia em torno da questão, assim como vários processos de negociações de paz durante o século XX e ainda estão em andamento.
Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam sua parte da terra com base na história, na religião e na cultura. Os israelenses, representados pelo Estado de Israel, têm soberania sobre grande parte do território, que foi conquistado após a derrota dos árabes em duas guerras - o conflito árabe-israelense de 1948 e a Guerra dos Seis Dias, de 1967.
Os palestinos, representados pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), querem assumir o controle de parte dos territórios e estabelecer um Estado Palestino soberano e independente.
Grande parte dos palestinos aceitam as regiões da Cisjordânia e da faixa de Gaza como território para um futuro Estado palestino. Muitos israelenses também aceitam essa solução. Uma discussão em torno dessa solução ocorreu durante os Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que permitiu a formação da ANP. No entanto, Israel e ANP não chegaram a uma posição comum.
Apesar de vários outros acordos e planos de paz, como os de Camp David e das negociações do chamado Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU), a situação ainda se vê hoje num impasse.
Atualmente, as negociações esbarram na questão do governo palestino, que, liderado pelo movimento radical islâmico Hamas (que assim como o moderado Fatah possui braços armado e político) não reconhece o direito de existência de Israel. Após a vitória do Hamas (considerado pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista) em 2006, a comunidade internacional iniciou um bloqueio financeiro à ANP que gera uma grave crise nos territórios palestinos.
Conflito Hamas X Fatah

O recente acordo entre o Hamas e o Fatah para a formação de um governo de coalizão ainda não permitiu o retorno de negociações que incluam os palestinos no processo de paz. O impasse é devido, principalmente, à resistência do Hamas em reconhecer Israel e à resistência da comunidade internacional em reconhecer a legitimidade do movimento islâmico como representante dos palestinos.
 Faixa de Gaza
População: 1.428.757
Área: 360 quilômetros quadrados
Idioma: hebraico, árabe, inglês
Moeda: shekel novo
Religião: muçulmanos [maioria sunita] (98,7%), cristãos (0,7%), judeus (0,6%)
PIB (total de riquezas produzidas): US$ 5,327 bilhões (2005)
Renda "per capita" anual: US$ 1.500 (2003)
Cisjordânia
População: 2.460.492 (além de 187.000 colonos judeus na Cisjordânia e menos de 177.000 no leste de Jerusalém, em 2004)
Área: 5.860 quilômetros quadrados
Idioma: hebraico, árabe, inglês
Moeda: shekel novo, dinar jordaniano
Religião: muçulmanos (maioria sunita) 75 %, judeus 17%, cristãos 8%
PIB (total de riquezas produzidas): US$ 5,327 bilhões (2005)
Renda "per capita" anual: US$ 1.500 (2005)
Cronologia do conflito
1917 - Declaração do Reino Unido
O Reino Unido divulga a Declaração de Balfour, que concede aos judeus direitos políticos como nação, e foi vista pelo povo judeu como uma promessa para a formação de um Estado Judeu nos territórios palestinos.
1947 - Plano de partilha da ONU
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova plano para partilha da Palestina, ou seja, a criação de Israel e de um Estado palestino. Até então, a região era uma colônia britânica. A partilha é rejeitada por árabes e palestinos, que prometem lutar contra a formação do Estado judaico.
1949 - Expansão das fronteiras
Em 1949 Israel vence guerra árabe-israelense e expande fronteiras. Cisjordânia e Jerusalém Oriental ficam com a Jordânia; Gaza, com o Egito.
Vários outros conflitos armados ocorreram entre o Estado de Israel e os árabes e palestinos tendo como foco Israel e seu território. No que concerne à conquista de terras, é importante destacar também a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel conquista o deserto do Sinai, a faixa de Gaza (Egito), a Cisjordânia, Jerusalém Oriental (Jordânia) e as colinas do Golã (Síria).
Em 1982, seguindo um acordo entre Israel e o Egito alcançado três anos antes, os israelenses se retiram do Sinai.
1987 – Intifada
Entre 1987 e 1993, os palestinos empreenderam uma revolta popular contra Israel que ficou conhecida como Intifada. Marcada pelo uso de armas simples, como paus e pedras lançadas pelos palestinos contra os israelenses, a Intifada incluiu também uma série de atentados graves contra judeus.
1993 - Acordos de Oslo
Em 1993, na Noruega, Israel se compromete a devolver os territórios ocupados em 1967 em troca de um acordo de paz definitivo. Israel deixa boa parte dos centros urbanos palestinos em Gaza e Cisjordânia, dando autonomia aos palestinos, mas mantém encraves. O prazo é adiado devido a impasses sobre Jerusalém, o retorno de refugiados palestinos, os assentamentos judaicos e atentados terroristas palestinos.
1998 - Processo de paz
Após acordos de paz entre israelenses e palestinos, como o de Oslo (93) e o de Wye Plantation (98), Israel entregou porções de terra aos palestinos.
2000 - Camp David
Em julho de 2000, em Camp David (EUA), Israel ofereceu soberania aos palestinos em certas áreas de Jerusalém Oriental e a retirada de quase todas as áreas ocupadas, mas Yasser Arafat, morto em 11 de novembro de 2004, após ficar internado durante 14 dias em um hospital militar na França, exigiu soberania plena nos locais sagrados de Jerusalém e a volta dos refugiados. Israel recusou.
2000 - Segunda Intifada
O segundo levante popular palestino contra Israel que teve início em setembro de 2000 ficou conhecido como segunda Intifada, e começou quando o então premiê de Israel, Ariel Sharon, visitou a Esplanada das Mesquitas, local mais sagrado de Jerusalém para palestinos e judeus (que o chamam de Monte do Templo).
2002 - Muro de proteção
Israel começa a erguer uma barreira para se separar das áreas palestinas com o objetivo de impedir a entrada de terroristas. Palestinos afirmam que a construção do muro é uma anexação de território. A construção inclui série de muros de concreto, trincheiras fundas e cercas duplas equipadas com sensores eletrônicos.
2002 – Quarteto
Em outubro de 2002, um enviado dos EUA apresenta pela primeira vez um esboço do plano de paz internacional elaborado pelo Quarteto, EUA, Rússia, União Européia e ONU. O novo plano segue as linhas traçadas pelo presidente dos EUA, George W. Bush. Prevê o fim da violência, seguido por reformas políticas e nos serviços de segurança palestinos e a retirada de Israel de territórios ocupados.
Forças israelenses cercam Arafat na Muqata (QG do líder) em meio a uma ampla ofensiva lançada após uma onda de ataques terroristas em Israel. Arafat fica proibido por Israel de deixar a Muqata. Fica confinado até antes de sua morte, em novembro de 2004.
2003 - Plano de Paz Internacional
O plano é oficializado em 2003. Seu texto propõe um cessar-fogo bilateral, a retirada israelense das cidades palestinas e a criação de um Estado palestino provisório em partes da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Em uma última fase, seria negociado o futuro de Jerusalém, os assentamentos judaicos, o destino dos refugiados palestinos e as fronteiras. Não é mencionado no texto a exigência do governo israelense de que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Yasser Arafat, morto em 11 de novembro de 2004, seja removido do cargo. Apenas diz que os palestinos precisam de uma liderança que atue duramente contra o terror.
2003 - Mahmoud Abbas
Em maio, assume o cargo de premiê palestino o moderado Mahmoud Abbas, indicado por Yasser Arafat após ampla pressão internacional. Abbas renuncia cerca de quatro meses depois após divergências com Arafat em relação ao controle da segurança palestina.
2004 - Morte de Arafat
Em novembro, morre o líder da Organização pela Libertação da Palestina, Yasser Arafat.
2005 – Eleição
Em janeiro, Mahmoud Abbas vence as eleições e se torna o novo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Um ano depois, a frustração com seu partido, o Fatah, acusado de corrupção, colabora para a vitória do movimento rival Hamas nas eleições parlamentares palestinas, levando o islâmico Ismail Haniyeh ao posto de premiê.
A vitória do Hamas levou a comunidade internacional - liderada pelos EUA e por Israel - a empreenderem um boicote financeiro à ANP, detonando crises internas e episódios de violência.
2005 - Plano de retirada
Lançado pelo premiê israelense, o plano unilateral de Sharon - que alega ter tomado essa iniciativa por não contar com interlocutores confiáveis no lado palestino - visa retirar de Gaza e parte da Cisjordânia, 25 assentamentos judaicos e suas forças militares. Convive hoje no território 1,3 milhão de palestinos e cerca de 8.500 judeus. Facções contrárias à retirada adotam o discurso de não desistir de nenhum centímetro de terra.
2006 - Afastamento de Sharon
Em janeiro, o então premiê israelense Ariel Sharon sofre um derrame cerebral e entra em coma. Ele é substituído interinamente pelo atual premiê, Ehud Olmert. Em março, eleições israelenses dão a vitória ao partido Kadima (centro), de Olmert, e após formar uma coalizão o líder é confirmado no posto de premiê israelense.
2007 - Governo de coalizão palestino
Após meses de negociações, os partidos palestinos rivais Fatah (do presidente da ANP, Mahmoud Abbas) e Hamas (do premiê palestino, Ismail Haniyeh) concordam com a criação de um novo gabinete com poder compartilhado. O acordo foi fechado em Meca (Arábia Saudita) em uma reunião com Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro. A negociação foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro. Apesar da comunidade internacional - incluindo Israel - ter pressionado pela realização do acordo entre os dois movimentos, Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino.
O Hamas continua a não aceitar de forma direta ou indireta o reconhecimento de Israel, os acordos firmados e a renúncia à violência, informou um comunicado do Ministério de Relações Exteriores de Israel. Esses três pontos são as exigências da comunidade internacional para o fim do bloqueio financeiro à ANP.
2008 - Intervenção dos EUA
Em janeiro, representantes de Israel e da ANP reúnem-se para recomeçar as negociações sobre o futuro de Jerusalém, os assentamentos, os refugiados palestinos, as fronteiras, a segurança e os recursos hídricos. É a primeira vez que os assuntos são tratados desde Cúpula de Taba, em janeiro de 2001. As conversas de paz, como muitas tentativas anteriores, não amenizam o clima de guerra entre palestinos e israelenses e os jornais noticiam frequentemente ataques violentos das duas partes.
Em 13 de março, o Jihad Islâmico (grupo extremista palestino) em Gaza disparar mais de uma dúzia de foguetes contra o sul de Israel após forças secretas israelenses terem matado um de seus líderes em um ataque ocorrido na véspera na Cisjordânia. No dia seguinte, um enviado especial dos Estados Unidos chega ao país para tentar mediar conversações de paz, mas Israel nega cessar-fogo.
Em abril, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, reitera no Egito seu desejo de que o conflito palestino-israelense seja resolvido antes do final deste ano. "Pedimos a todas as partes (envolvidas no processo de paz) que empreguem o esforço máximo para alcançar um acordo antes do final do ano. Queremos conseguir uma solução antes do fim de 2008", afirmou à época.
Além disso, pediu ao presidente americano, George W. Bush, "que trabalhe para que (Israel) cesse a construção de assentamentos judaicos, com o objetivo de chegar a um tratado que garanta a recuperação das fronteiras anteriores a 1967."
Poucos dias depois, ele se reúne com o primeiro-ministro, Ehud Olmert, para discutir detalhes da visita de Abbas aos Estados Unidos e do presidente George W. Bush a Israel. A idéia seria encerrar o conflito que opõe os povos antes do fim do mandato de Bush, em janeiro de 2009.
Para isso, Bush veio a Israel nesta quarta-feira, 14 de maio, data do aniversário de 60 anos de Israel. Em conversas com Olmert e com o presidente israelense Shimon Peres, o presidente norte-americano reiterou os seus desejos de mediar um acordo de paz e, se possível, alcançar avanços significativos durante sua breve visita ao país.
2009 – Continua o confronto
Em 3 de Janeiro de 2009, tropas israelitas entraram em Gaza marcando o início de uma ofensiva terrestre.
O conflito já matou mais de 600 palestinos, na sua maioria civis, entre os quais, um terço é formado por crianças. No mundo inteiro, mais de 20 países já fizeram protestos contra os ataques e a comunidade internacional anda com maus olhos contra os israelenses devido a desproporção de armamentos entre os dois lados. A Cruz Vermelha acusa Israel de impedir a entrada de ajuda humanitária, a ONU também acusa o país de bombardear seus prédios, incluindo escolas, onde várias crianças foram mortas. Reações mais inflamadas percorrem o mundo em oposição a Israel, como a expulsão do embaixador israelense em Caracas, na Venezuela, e a acusação de nazismo em nota divulgada pelo PT, cuja crítica foi rebatida prontamente pelo ministro de Assuntos Sociais de Israel, Isaac Herzog, declarando que o PT desconhece a história.
Se a declaração é infundada ou não, o fato é que Israel usa insistentemente o argumento do desconhecimento histórico a seu favor para justificar as iniciativas e domínio bélicos na região, devidamente respaldados por ajuda internacional, principalmente, norte-americana. No entanto, o que salta aos olhos do mundo não requer doutorado em história para compreender que se trata de um conflito exagerado e desproporcional quando um lado conta com a força humana de indivíduos dispostos a se matar, em nome do fanatismo religioso, munidos de foguetes velhos e armas comuns, contra uma nação superpoderosa que não poupa os armamentos de última geração contra alvos civis. Se Israel é vítima histórica ou não, a mesma história decidirá num futuro próximo.
2010 – Novos impasses
Em 2010, a tensão voltou a subir. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, decretou a construção de 1.600 novas casas para judeus no setor oriental de Jerusalém, reivindicado pelos palestinos como sua capital. O anúncio causou oposição até de aliados ocidentais de Israel, como os EUA.
A Autoridade Palestina considera a ocupação judaica na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental o maior impedimento para a paz.
2011 – antigas fronteiras
Em um longo discurso na Casa Branca sobre a política norte-americana para os países árabes em 19 de maio de 2011, o presidente Barack Obama pediu que israelenses e palestinos fizessem concessões para a criação de um Estado Palestino, nas fronteiras anteriores a 1967 e desmilitarizado.
Poucos dias depois, em visita aos EUA, o premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou diante do Congresso americano que Israel se dispõe a fazer "concessões dolorosas", inclusive de terras, para atingir a paz na região, mas que uma volta às fronteiras de 1967 é "indefensável" e também que a capital, Jerusalém, não deve ser dividida.
Antes da assembleia da ONU, em agosto de 2011, Israel dá a aprovação final para a construção das 1.600 moradias israelenses em Jerusalém Oriental, decretada no ano anterior. O ato dificulta os esforços liderados pelos EUA em dissuadir os palestinos de buscar o reconhecimento na ONU da nação como um Estado.
No início de setembro, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, reitera o apoio que já havia declarado à criação do Estado Palestino. O início da assembleia da ONU está marcado para 20 de setembro.

Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br
http://g1.globo.com


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