domingo, 11 de março de 2012

TEMPO E CLIMA

DIFERENÇA ENTRE TEMPO E CLIMA
Tempo é uma combinação passageira dos elementos do clima. Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo.
Tempo é um estado transitório da atmosfera, caracterizado por um conjunto de variáveis ou elementos que se influenciam reciprocamente. Representa uma combinação passageira de elementos atmosféricos, que se repete ao longo do tempo e sobre o mesmo espaço. É, portanto, o estado da atmosfera em um determinado momento e sobre um determinado lugar. Pode durar tanto horas, como alguns dias. Clima é a sequência habitual dos tipos de tempo, obtida por observações durante um longo período de tempo (mínimo 30 anos) e que resultam da combinação das condições atmosféricas dia a dia. São estados permanentes (não momentâneos) da atmosfera. São duráveis e capazes de definir um meio com valor geográfico. Incluem, também, os desvios de comportamento em relação às médias (variabilidade), condições extremas (por exemplo, seca e enchente), probabilidades de frequência ou de ocorrência de determinadas condições de tempo.
 ELEMENTOS CLIMÁTICOS: São os que compõem o clima. Temperatura, Pressão atmosférica, Vento, Umidade do ar, Precipitação atmosférica – chuva, neve e granizo; Massa de ar.
 FATORES CLIMÁTICOS: São os que alteram o clima. Altitude, latitude, massas líquidas, maritimidade e continentalidade, correntes marítimas, vegetação e ação antrópica.

ELEMENTOS CLIMÁTICOS
1 – Temperatura
Variações da temperatura: A temperatura não é a mesma em todos os lugares da Terra. Ela está sujeita a variações que poderiam ser provocadas por diversos fatores, entre os quais se destacam:
a)   Latitude – a  temperatura diminui com o aumento da latitude.
b)   Altitude – quanto maior for a distância em relação à superfície terrestre menor será a temperatura. A temperatura diminui com a altitude, isto devido à rarefação do ar. Em media, para cada 200m, haverá uma relação de 1ºC na temperatura.
c)    Distribuição das Terras e das Águas – o efeito de maritimidade faz que a amplitude seja menor quanto uma região se encontra próxima do mar. O efeito de continentalidade ocorre quando a região encontra-se afastada do mar. Nesse caso, a amplitude térmica é maior. Maritimidade variações térmicas menores = menor amplitude térmica. Continentalidade variações térmicas maiores = maior amplitude térmica.
 2 – Pressão Atmosférica: É a força que o ar exerce sobre a superfície terrestre. A pressão atmosférica varia conforme:
- A altitude: a pressão atmosférica varia conforme a altura. Quanto menor a altitude maior o volume de gases sobre a superfície, portanto maior pressão. Na mediada em que a altitude é maior, menor pressão porque a densidade é menor.
- A temperatura: ar aquecido sofre dilatação, tornando-se mais leve e por isso, o ar ascende.
 3 – Vento: é o ar em movimento. É decorrente da diferença da pressão atmosférica, sabemos que a superfície terrestre não recebe a mesma quantidade de calor. As regiões onde o ar faz movimento ascensional são denominadas de zonas de Baixa Pressão e nas regiões onde temos movimentos descensional são chamadas de zonas de ALTA Pressão.
Furacões se originam em oceanos tropicais nas áreas quentes e úmidas. Essas massas de ar sobem e encontram violentos ventos de altitude, iniciando-se o turbilhonamento do ar, que forma nuvens das quais saem chuvas torrenciais.
Tornados são verdadeiros túneis de ar turbilhonante e aparecem suspensos em uma nuvem negra. Ocorrem com maior frequência no Vale do Mississipi (EUA) onde se dá o choque entre ar quente e úmido procedente das Montanhas Rochosas. 
 4 – Umidade do Ar: é a água em suspensão no ar atmosférico. O ar tem uma capacidade limite é atingido, o ar fica saturado. O ar quente tem maior capacidade de conter maior vapor de água do que o ar frio. Quando o ar saturado enfrenta uma diminuição de temperatura ele condensa originando o orvalho, as nuvens, a neve, o nevoeiro e a chuva.
- Umidade absoluta é a quantidade de vapor de água existente na atmosfera em um dado momento, a uma determinada temperatura. 
- Umidade relativa é a relação existente entre a umidade absoluta e o ponto de saturação. Ponto de saturação é o limite máximo da atmosfera em conter umidade.
 5 – Precipitação: a chuva é uma precipitação líquida. Há três tipos fundamentais:
Convectivas: quando provocadas pela evaporação e o consequente resfriamento pela ascensão do ar úmido, fenômeno que ocorre nas zonas equatoriais e tropicais.
Orográficas: são resultantes do deslocamento horizontal do ar que, ao encontrar com uma área montanhosa (mais fria) o ar sobe se resfria e condensa provocando chuvas.
Frontais: quando causadas pelo encontro de uma massa fria com outra quente e úmida, típica das regiões de médias latitudes como as de inverno no Brasil meridional.
 6 – Massas de Ar: são porções da atmosfera que apresentam características particulares de temperatura, pressão e umidade. Em conseqüência disso, elas podem ser quentes ou frias e secas ou úmidas. 
FENÔMENOS CLIMÁTICOS
Fenômeno El Niño: aparece no Pacífico na altura da costa do Peru. Trata-se de um aquecimento das águas do oceano em Novembro/Dezembro. Provocam fortes chuvas no Centro-Sul do Brasil e seca no Nordeste. O mecanismo da natureza que gera fenômenos climáticos como o El Niño ainda é pouco conhecido pelos cientistas. A teoria mais aceita é a de que o aumento da temperatura da superfície do Oceano Pacífico esteja ligado a uma mudança de larga escala nas correntes atmosféricas. Essa mudança provocaria uma alteração na distribuição dos centros de Alta e Baixa pressão, que, muitas vezes, barram a passagem de alguns sistemas de nuvens ou frente frias.
Fenômeno “La Niña”: ocorre apos o El Niño com efeitos opostos. Os ventos alísios aumentam e levam as águas quentes superficiais para a Ásia, onde provocam fortes chuvas. As águas frias fazem o caminho contrário e atingem a superfície nas proximidades do litoral do Peru, tornando maior o número de peixes na região. No Brasil, o La Niña causa fortes chuvas nas regiões Norte e Noroeste e estiagem no Sul.
PRINCIPAIS TIPOS DE CLIMA DA TERRA
- Polares ou Glaciais: ocorrem em latitudes extremamente elevadas, próximas aos círculos polares Ártico e Antártico, onde há grande variação na duração do dia e da noite e, conseqüentemente, na quantidade de radiação absorvida ao longo do ano. São climas que se caracterizam por baixas temperaturas o ano inteiro, atingindo no máximo 10ºC nos meses de verão, em regiões onde a massa de neve e gelo que recobre o solo derrete e o dia é muito mais longo que a noite.
- Temperados: é apenas nas zonas climáticas temperadas que encontramos uma definição clara das quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Há uma nítida distinção entre as localidades que sofrem influência marítima, de amplitude térmica menor, e no interior dos continentes, onde as variações de temperatura diária e anual são bastante acentuadas.
- Mediterrâneos: apresentam verões quentes e secos, invernos amenos e chuvosos. Do ponto de vista da temperatura, são bastante parecidos com os climas tropicais. Seus índices pluviométricos, no entanto, são um pouco menores e as chuvas ocorrem no outono e no inverno.
- Tropicais: são climas quentes o ano inteiro, apresentando apenas duas estações bem definidas (inverno ameno e seco, verão quente e chuvoso. Nas localidades de clima tropical sob influência da maritimidade, a amplitude térmica diária e anual é menor e o inverno não é tão seco, em comparação com as regiões que sofrem influência da continentalidade.
- Equatoriais: ocorrem na zona climática mais quente do planeta. Caracterizam-se por temperaturas elevadas e chuvas abundantes o ano inteiro, com pequena amplitude térmica anual, já que as variações de duração entre o dia e a noite e de inclinação de incidência dos raios solares são mínimas.
- Subtropicais: característicos das médias latitudes, onde já começam a se delinear as quatro estações do ano. Caracterizam-se por chuvas abundantes e bem distribuídas, verões quentes e invernos frios, com significativa amplitude térmica anual.
- Semiárido: são climas de transição, que se caracterizam por apresentar chuvas escassas e mal distribuídas ao longo do ano. São encontrados tanto em regiões tropicais (onde as temperaturas são elevadas o ano inteiro) quanto em zonas temperadas (onde os invernos são frios).
- Áridos ou desérticos: devido à extrema falta de umidade, caracterizam-se por elevada amplitude térmica diária e sazonal. Os índices pluviométricos são inferiores a 250 mm/ano.
Os desertos têm as seguintes causas fundamentais:
- Altas pressões subtropicais: são áreas que expulsam ventos e, portanto, impedem a entrada do ar úmido, geralmente vindo do litoral. Essas regiões são o ponto de partida dos ventos alísios que sopram em direção às baixas pressões.
- Continentalidade: quanto mais distante do litoral, menor a influência dos oceanos e, portanto, o clima tende a ser mais seco.
- Relevo: planaltos e cadeias montanhosas formam obstáculos que impedem a penetração do ar úmido, aumentando a aridez.
- Correntes marítimas: as correntes frias resfriam o ar úmido sobre o oceano, provocando chuvas e esgotando a umidade do ar. Ao penetrar no continente, as massas de ar já estão sem umidade e são incapazes de provocar chuvas.

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