domingo, 12 de maio de 2013


CICLOS, RITMOS E VARIAÇÕES CLIMÁTICAS

Os registros dos elementos climáticos ao longo de mais ou menos 30 anos ajudam a identificar um padrão de comportamento com relação às temperaturas e às chuvas, caracterizando ciclos bem definidos.
A ideia de ciclo está associada à noção de regularidade dos fenômenos e dos processos na natureza.
Alguns ciclos podem interferir nas condições meteorológicas e climáticas:
a)      Ciclos astronômicos: rotação, translação, inclinação do eixo terrestre;
b)      Manchas solares: afeta as condições do tempo atmosférico em escala global.
Existem ciclos de longa duração – glaciações.
O ciclo mais conhecido é o das Quatro estações.

A latitude é um fator muito importante para compreender as características das temperaturas e das precipitações dos lugares de acordo com a sua posição geográfica.
Outro fator importante são as correntes oceânicas. Os oceanos recobrem mais de 70% da superfície da Terra. No hemisfério Sul, há mais oceanos do que continentes.
As temperaturas das águas oceânicas são responsáveis pela estabilidade ou instabilidade da atmosfera, pela variação no volume de evaporação que é transportado pelas correntes aéreas formando chuvas sobre os continentes.
A circulação oceânica transfere grandes volumes de água com temperaturas específicas para lugares bem distantes de onde se formaram.
Assim, as correntes marítimas frias vão em direção aos trópicos e vice-versa ocorrendo o equilíbrio térmico do planeta.
Contribui para a regulação das temperaturas e pelas diferenças em relação à distribuição das chuvas.
A maioria das massas de ar se formam sobre os oceanos como as tropicais marítimas (Tm), as equatoriais marítimas (Em) e as polares marítimas (Pm). A dinâmica dessas massas interfere nas condições e características climáticas do planeta.
A distribuição das chuvas pelo planeta depende da latitude, da maritimidade, altitude, correntes oceânicas e massas de ar.
Os índices mais elevados de pluviosidade ocorrem próximo à linha do Equador. O mesmo acontece com as temperaturas. Esse fenômeno tem relação com a forma da Terra – geoide e inclinado – o que faz com que uma faixa do planeta receba maior quantidade de radiação do que a outra.
IMPACTOS: ILHAS DE CALOR E FLUXO DE POLUENTES
As ações humanas têm sido muito intensas sobre a biosfera: desmatamento, agricultura, pecuária, mineração, etc.
Por meio da alteração na absorção ou reflexão da radiação solar, a atividade antrópica pode causar impactos climáticos.
A urbanização acelerada pode causar ilhas de calor urbanas. Este fenômeno está relacionado com o clima urbano, que provoca elevações das temperaturas máximas em áreas de maior adensamento populacional.



O conjunto de construções e prédios numa cidade modifica o comportamento e a dinâmica dos ventos, podendo dificultar ou barrar a circulação de ventos nas partes mais internas da cidade, o que interfere na temperatura e no clima urbano.
A intensa verticalização, a forma de ocupação e a utilização dos espaço, os tipos de construções, sua localização e distribuição, a altura dos edifícios, os materiais utilizados, podem provocar a retenção de calor e aumento da temperatura ao longo de todo o ano.
A energia que o vidro, o concreto, o asfalto e outros tipos materiais absorvem e depois refletem e irradiam pelas áreas centrais de uma cidade, somada à energia retida pela emissão de gases emitidos pelas indústrias e veículos, por exemplo, resultam em maior aquecimento da área local.
Esse processo de aquecimento irregular em área de grande adensamento populacional e edificações numa cidade chama-se ilhas de calor
Além das ilhas de calor, às emissões de partículas e poluentes são emitidas pelas atividades humanas e causam alteração significativas nos climas.
Geralmente, a atmosfera é formada por gases cujas concentrações têm permanecido com 78% de nitrogênio e 21% de oxigênio. Além desses, outros gases estão presentes como o dióxido de carbono, ozônio, vapor d’água, monóxido de carbono e outros.
Efeito Coriolis
Descreve o desvio causado pela rotação da Terra nos movimentos de ar na atmosfera. No hemisfério Norte se dá para a direita e no Sul para a esquerda.

As células polares são fenômenos atmosféricos que se formam na região dos polos.
Os movimentos nas proximidades dos polos produzem uma corrente superficial em direção ao equador, que é desviada, formando os ventos polares de leste, em ambos os hemisférios.
O encontro dos ventos polares que se movem para o equador com a corrente de oeste de baixas latitudes (quentes) forma as frentes polares.
O Sol aquece toda a Terra. Mas, a distribuição de calor ocorre de forma desigual: as regiões equatorial e tropical recebem mais energia solar que as latitudes médias e regiões polares.
A energia recebida nos trópicos é superior à que essa região é capaz de emitir enquanto que as regiões polares emitem mais do que recebem. Se não se verificasse um transporte de energia dos trópicos para as regiões polares, a temperatura da região tropical aumentaria indefinidamente enquanto que as regiões polares ficariam com uma temperatura cada vez menor.
É este desequilíbrio térmico que induz a circulação da Atmosfera e dos Oceanos. A energia é redistribuída das regiões em excesso para as regiões em falta, pela circulação atmosférica (60%) e correntes oceânicas (40%). 
A transferência da energia do equador para os polos PODERIA ser conseguida com uma célula de circulação com movimento ascendente nos trópicos, movimento na direção dos polos em altitude, movimento descendente sobre os polos e em direção ao equador à superfície. Este modelo de circulação de uma única célula foi proposto por Hadley no século XVIII
Como a Terra tem movimento de rotação em torno de si própria, o eixo de rotação é inclinado, e existe mais superfície coberta por solo no hemisfério Norte que no hemisfério Sul o padrão de circulação é muito mais complicado.
Em vez de uma circulação caracterizado por uma única célula, o modelo de circulação global consiste em três células em ambos os hemisférios. Estas três células são a célula tropical (também denominada de célula de Hadley), a célula das latitudes médias e a célula polar.
1. Célula Tropical (célula de Hadley) - Nas baixas latitudes, o movimento do ar para o equador com o aquecimento, ascende verticalmente, com movimento no sentido dos polos nos níveis superiores da Atmosfera. Esta circulação forma a célula convectiva que domina o clima tropical e subtropical.
2. Célula das latitudes médias (célula de Ferrel) - É uma célula de circulação atmosférica média nas latitudes médias, denominada por Ferrel no século XIX. Nesta célula, o ar mover-se para os polos e para o Leste junto à superfície e no sentido do equador e para Oeste nos níveis mais altos.
3. Célula Polar  - O ar sobe, diverge, e desloca-se para os polos. Uma vez sobre os polos, o ar desce, formando as altas pressões polares. À superfície o diverge para o exterior da região de alta pressão. Ventos de superfície na célula polar são para Leste (ventos polares de Oeste).
Como a circulação atmosférica é muito dinâmica, ações e interferências impactantes podem alterar de forma brusca o deslocamento das massas de ar.
Em alguns casos, podem até mesmo interligar a ação de um ciclone, transformando-o num furacão.


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