quarta-feira, 1 de agosto de 2012

7ª SÉRIE - FLUXO POPULACIONAL

MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
Demografia é o nome dado aos estudos sobre população.
Migração ou movimento migratório é o deslocamento da população de um lugar para outro. Os deslocamentos populacionais podem ser definitivos ou temporários.
Diversos motivos levam as pessoas a migrar: guerras, condições econômicas desfavoráveis, adversidades naturais, atividade vulcânica, diversidades étnicas, culturais, religiosas, políticas, entre outras.
Os movimentos migratórios podem ser externos ou internos.
A migração externa, também denominada migração internacional, ocorre quando a população se desloca entre países. Emigração refere-se ao movimento de saída das pessoas do seu país de origem e imigração corresponde ao movimento de entrada de estrangeiros num país.
A migração interna ocorre quando a população se desloca no interior de um país.
O êxodo rural corresponde à migração campo\cidade, isto é, à saída da população do meio rural com destino ao meio urbano. Esse é o movimento interno mais importante e é o responsável pela grande leva de migrantes que se dirigiram, e ainda se dirigem, às grandes cidades.
Existem ainda, outros dois tipos de migração interna:
Transumância: é o deslocamento populacional que ocorre em certos períodos do ano.
Migração pendular: é o movimento diário de vaivém da população que se desloca da periferia para o centro e vice-versa.
MIGRAÇÕES EXTERNAS VOLUNTÁRIAS E FORÇADAS
MIGRAÇÕES EXTERNAS VOLUNTÁRIAS
Algumas áreas ou regiões têm um grande poder de atração ou influência como receptora de imigrantes. No caso dos Estados Unidos, a parte nordeste da costa atlântica atraiu mais brasileiros por ser uma região com intenso crescimento comercial e industrial, com inúmeros centros de pesquisas e universidades, e apresentam elevada densidade demográfica e índices significativos de urbanização que atraem principalmente os jovens que buscam melhores condições de vida.
MIGRAÇÕES EXTERNAS FORÇADAS
Devido a guerras; instabilidade ou perseguições políticas, religiosas, culturais; epidemias; catástrofes naturais; entre outros, muitos são obrigados a deixar seu país de origem.
O continente africano é o que possui as maiores taxas de migrações externas forçadas. Esse fato deve-se, entre vários fatores, ao processo de colonização do continente extremamente exploratório.
Muitos dados referentes às emigrações forçadas não são exatos, pois uma parte dos emigrantes vive no anonimato ou na clandestinidade.
MIGRAÇÕES E CONTRASTES
Nesse mundo globalizado, as migrações externas provocam modificações significativas no crescimento e na estrutura de uma população: as taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade. Essas mudanças afetam, sobretudo, a estrutura de idades das pessoas de uma região, também conhecida como estrutura etária.
NATALIDADE E MORTALIDADE
As taxas de natalidade e de mortalidade indicam o número de nascimentos e de óbitos, respectivamente, em cada grupo de mil habitantes, determinado período de tempo.
Essas taxas são calculadas da seguinte forma:


                             nº de nascimentos x 1000
Taxa de natalidade  =    ____________________
                                    população total
                                 nº de óbitos x 1000
Taxa de mortalidade  =    _________________
                                    população total


 Assim, a taxa de natalidade de 4 ‰ (lê-se quatro por mil) em uma população, por exemplo, em determinado ano, indica que, cada mil habitantes dessa população, quatro nasceram nesse ano.
 Para facilitar uma visão mais rápida e direta da estrutura etária da população de um território foi desenvolvido um tipo de gráfico, semelhante a uma pirâmide. Por esse motivo, ele é chamado pirâmide etária.
ESTRUTURA ETÁRIA E SEXUAL DA POPULAÇÃO
 A estrutura etária de uma população pode ser representada em um gráfico de pirâmide e demonstra o comportamento de uma população quanto ao crescimento populacional e à expectativa de vida, entre homens e mulheres.
PIRÂMIDES ETÁRIAS
As informações sobre a quantidade de pessoas do sexo masculino e do sexo feminino, em cada faixa etária de uma população, podem ser organizadas e apresentadas em um gráfico chamado pirâmide etária ou pirâmide de idades. O formato de uma pirâmide de idades pode nos revelar alguns aspectos sobre a população de um país. A pirâmide etária do Brasil do ano de 1980 tem uma base larga, revelando um grande número de jovens, o que indica elevada natalidade. Antigamente as famílias eram mais numerosas, pois o número de filhos por mulher era maior do que o atualmente. O topo estreito da pirâmide mostra o pequeno número de idosos, uma vez que as precárias condições sociais diminuíam a expectativa de vida de grande parte da população. Essa pirâmide retrata um “país jovem”, isto é, um país que apresenta a maior parte de sua população na faixa etária dos jovens (até 19 anos de idade). O formato dessa pirâmide é típico de países menos desenvolvidos, onde as taxas de natalidade são elevadas e a expectativa de vida é baixa.


  MUDANÇAS SOCIAIS, MUDANÇAS NA PIRÂMIDE
A pirâmide etária de um país sofre alterações de acordo com as mudanças que ocorrem na população que ela representa. Dessa maneira, havendo alterações nas taxas de natalidade e de mortalidade, a forma da pirâmide se modificará. Ao compararmos a pirâmide etária de 1999 com a de 1980, verificamos que o numero de jovens que compõem a população brasileira sofreu um declínio. Em contrapartida, o número de idosos entre a população aumentou. Tal fato se deve à queda no índice de natalidade gerada pela diminuição do numero de filhos por família. Isso correu principalmente em função do ingresso das mulheres no mercado de trabalho, do maior acesso a informação, a métodos contraceptivos e ao planejamento familiar, uma prática que torna comum entre os casais nos dias de hoje. Além disso, houve o aumento da expectativa de vida da população, ocorrido em função dos avanços na medicina e da melhoria das condições de vida, refletindo maior desenvolvimento social do país. Outra informação que podemos extrair da pirâmide de idades do Brasil é que existem mais mulheres que homens. Do total da população, cerca de 49% corresponde ao sexo masculino e quase 51% ao sexo feminino. A pirâmide do Brasil, agora, passa a retratar um “país maduro”, isto é, com o predomínio de sua população na faixa etária dos adultos (de 20 até 59 anos de idade).
COMO ANALISAR O GRÁFICO DE PIRÂMIDE ETÁRIA
Para analisarmos o gráfico devemos observar que:
As faixas etárias, ou os intervalos de idade, iniciam-se com os jovens na base do gráfico;
- No sentido do topo estão as faixas de adultos e de idosos,
-       Um dos lados do gráfico de pirâmide mostra os dados referentes à população feminina e, o outro, à masculina.
Assim, ao observarmos a pirâmide de 1980, concluímos que:
-   A base larga da pirâmide representa um número elevado de jovens na população;
-   O topo estreito da pirâmide demonstra pequena quantidade de idosos.
 Atualmente, a população brasileira está distribuída de forma equitativa pelas diversas faixas etárias. Possui uma tendência ao envelhecimento e à diminuição do número de filhos por casal.
A distribuição e a estrutura da população em diferentes países do mundo são marcadas pelo crescimento demográfico desigual. Hoje, na maior parte dos países desenvolvidos, encontramos as menores taxas de crescimento da população. Em alguns casos, essas taxas são negativas, ou seja, refletem uma diminuição no conjunto da população (Rússia, Ucrânia, Letônia e Lituânia). Na virada do século XXI, alguns países como a sérvia, a Eslovênia e a Polônia registraram taxas de crescimento populacional zero. Nesse mesmo período, Estados Unidos, Canadá, Japão e diversos países da Europa apresentaram taxas de crescimento populacional variando de 0,1% a 1%.
Nos países subdesenvolvidos, geralmente, a perspectiva foi inversa. Esse conjunto de países possuía taxas elevadas de crescimento demográfico, como no Oriente Médio, sul e sudeste asiático, América Latina e África.
As diferenças de crescimento populacional entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, no atual contexto da globalização, também contribuíram para intensificar e direcionar os principais fluxos migratórios internacionais. Alguns países desenvolvidos apresentaram baixo crescimento ou diminuição populacional e elevadas taxas de crescimento econômico. Por isso, necessitaram incorporar mais tecnologia ao processo produtivo e distribuição de mercadorias, e/ou incorporar novos trabalhadores e migrantes externos. Essa situação tornou-se uma alternativa para pessoas de países subdesenvolvidos que não conseguiam inserir-se no mercado de trabalho formal ou que estavam insatisfeitas com as condições de trabalho e salários existentes em seu país e, por isso, decidiram migrar.
Outro fenômeno que podemos destacar refere-se aos países subdesenvolvidos que, no contexto da globalização, incorporaram novas tecnologias a seus processos produtivos, eliminando postos de trabalho. Diante desse panorama perverso, são poucas as alternativas: ou os trabalhadores mudam de função e de profissão no próprio país, ou são forçados a emigrar, ou ficam desempregados.
MIGRAÇÕES EXTERNAS: INFLUÊNCIAS NOS MODOS DE VIDA
Por meio do estudo de diferentes modos de vida, podemos afirmar que no Brasil, as migrações internacionais ou externas influenciaram e continuam influenciando os costumes em diversas regiões, assim como as culturas locais também contribuem para enriquecer as culturas dos imigrantes que aqui se instalaram. O processo de globalização da economia, da política e da sociedade é também um processo cultural em que valores, modos de vida e idéias tornam-se comuns a varias sociedades. Todavia, singularidades e identidades também são realçadas e valorizadas.
A DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA PELO TERRITÓRIO
Embora o Brasil seja pouco povoado, a população brasileira apresenta-se distribuída de maneira desigual pelo território. Isso significa que há regiões onde se concentram muitas pessoas e outras em que o número de habitantes é muito pequeno.
O Sudeste, com aproximadamente 924.511 km2, é a região brasileira mais povoada, ou seja, que apresenta a maior densidade demográfica: são 78 hab./km2, aproximadamente. Nessa parte do Brasil encontram-se os estados mais populosos: São Paulo, com pouco mais de 37 milhões de habitantes; Minas Gerais, com aproximadamente 18 milhões de pessoas; e Rio de Janeiro, com uma população superior a 14 milhões de habitantes.
Por outro lado, a região Norte é a menos povoada, com uma densidade demográfica em torno de 3 hab./km2. Roraima é o estado menos populoso do país: tem pouco mais de 324 mil habitantes. Um dos fatores explicativos do por que algumas regiões são mais habitadas que outras é o maior desenvolvimento econômico e social que existe em algumas regiões do Brasil. As pessoas procuram se estabelecer em regiões que possam lhes oferecer melhores condições de vida.
 A população brasileira é formada por diferentes povos ou etnias. Os povos indígenas, os brancos europeus e os negros africanos, formaram, inicialmente, a população que habita o nosso país. Mais tarde, somaram-se a esses os povos asiáticos. A presença de diferentes povos, tanto nos aspectos físicos como nos culturais, e a mistura entre eles, deram uma importante característica à população brasileira. Por isso dizemos que o Brasil tem uma população miscigenada, isto é, que houve mistura de povos de diferentes origens étnicas.
CENSOS DEMOGRÁFICOS NO BRASIL
Através do censo demográfico conhecemos a população de uma área: número de habitantes, número de homens e de mulheres, onde vivem e o trabalho que realizam, por exemplo. No Brasil o órgão responsável pelo censo é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 1872 foi realizado o primeiro censo demográfico da população brasileira. Nessa época, o censo registrou um total de quase 10 milhões de habitantes. No censo demográfico de 2000 o Brasil contava com quase 170 milhões de habitantes. De acordo com o Censo de 2010, o Brasil tem 190.755.799 habitantes.  Esse total faz do Brasil o quinto país mais populoso do mundo.

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