quinta-feira, 20 de março de 2014

2º ANO – EXERCÍCIOS DE REVISÃO


2º ANO – EXERCÍCIOS DE REVISÃO – GEOGRAFIA – I TRIMESTRE – 2014

1.      É possível afirmarmos que na contemporaneidade ocorre padronização do consumo e do comportamento? Justifica:
Pessoal.

2.      Difere a produção artesanal da produção industrial?
Existem diferentes formas de transformar a natureza no capitalismo.
Artesanato: a forma de produzir, o ritmo, o uso de determinados instrumentos e as técnicas pertencem à mesma pessoa que conhece e realiza todas as etapas de produção.
Industrial: ocorre maior divisão de trabalho, usa-se maquinas para aumentar a produtividade.
Atualmente, vários fatores estabelecem as diferenças entre as formas de produção: quantidade de pessoas, divisão do trabalho, conhecimento da produção, propriedade dos meios de produção e finalidade da produção.

3.      Entre o século XVI e XVIII os comerciantes passaram a controlar a produção, o trabalho e os meios de produção distanciando o produtor do produto. O que isso caracterizou?
Assim surge a separação entre o capital (maquinas, prédios, matéria-prima) e o trabalho (mão de obra) caracterizando a produção industrial capitalista. Essa produção sofre modificações ao longo dos anos para se tornar ainda mais lucrativa.

4.      De acordo com o processo histórico da Revolução Industrial, como se apresentam as relações de trabalho?
Se a revolução industrial atingiu seu apogeu no século XIX, no século seguinte se deparou com a primeira crise da acumulação do capital que teve seu início nos anos de 1970, enfatizando-se na década de 1990 com os processos de reestruturação produtiva e de ajustes estruturais. Pode-se dizer, que nas últimas décadas as relações sociais e de trabalho sofreram profundas modificações, principalmente no que diz respeito às privatizações, um dos motivos responsáveis pelo alargamento do desemprego, do contrato temporário e conseqüentemente do aumento da desigualdade e da exclusão social.
Portanto, a transformação societária capitalista ampliou a complexidade das relações de trabalho estabelecida. Segundo Antunes (2000), os novos padrões de organização e gerenciamento, oriundas das transformações no mundo do trabalho, teve a substituição dos padrões rígidos Taylorista/Fordista por padrões mais flexíveis como o Toyotismo, que propõe a flexibilização da produção, opera com estoque mínimo se adaptando a atender com rapidez às novas exigências do mercado, implicando na flexibilização e na eliminação dos direitos trabalhistas, pode-se afirmar que este padrão de produção toma força na década de 1990, se estabelece e consegue se manter.
Estas transformações não refletem apenas nas relações de trabalho, provocam modificações drásticas na vida cotidiana do trabalhador, como: nos direitos, na educação, no lazer e na vida privada, acentuando, cada vez mais, a concentração do capital para um número bastante reduzido e a pobreza se ampliando gerando em larga escala as contradições sociais. Sem dúvida, o trabalho precário e o desemprego estrutural associam-se à desestruturação das políticas sociais e mostram na atualidade uma realidade social dramática e perversa oriunda da histórica relação entre política social e processo de acumulação capitalista. 
Continua existindo um movimento contraditório nas relações de trabalho nesta sociedade, de um lado, reduz o operariado industrial, em "decorrência do quadro recessivo, quer em função da automação, da robótica e da microeletrônica, gerando uma monumental taxa de desemprego estrutural Por outro lado, dá-se a subproletarização do trabalho, os novos postos de trabalho, parcial, "terceirizado", subcontratado, os quais tomam forma de relações informais de emprego. É a "precariedade do emprego e da remuneração; a desregulamentação das condições de trabalho em relação às normas legais vigentes ou acordadas e a conseqüente regressão dos direitos sociais, configurando uma tendência à individualização extrema da relação salarial.
Nesta última década foi possível observar grande retratação do emprego formal e a expansão do emprego informal juntamente com a criação de um novo espaço chamado de estágio, criação esta que mais uma vez vem degradar a vida do trabalhador.  Logo, o trabalhador é impedido de usufruir os direitos legais (de férias, 13º salário, previdência social, seguro desemprego, etc.) pertencentes ao emprego formal. O trabalhador transita por formas permanentes de exclusão, uma vez que os direitos constitucionais são substituídos pelos direitos contratuais e sendo este reconhecido pelo sistema capitalista através da relação contratual do trabalho se não estiver inserido formalmente nesta relação não ganha visibilidade econômica e política, pelo fato de não bastar somente ter a posse da força de trabalho, é necessária a posse e a efetivação do emprego formal. Logo, o contrato de trabalho define imediatamente as condições de reprodução do trabalhador no mundo das relações sociais capitalista, mesmo não garantindo melhores condições de sobrevivência (moradia, saúde, educação, entre outros) diante dos baixos níveis salariais, fatores que tendem à desvalorização do trabalho humano.

5.      O que justifica o adensamento industrial da costa leste dos Estados Unidos?
Na costa leste dos EUA, existem grandes jazidas de ferro e carvão. Foi onde localizou-se inicialmente, o grande parque industrial denominado de Manufacturing Belt (cinturão industrial).

6.      Difere colonização de exploração de colonização de povoamento:
No Sistema Colonial Tradicional encontramos diversas formas de colonização, que, de uma maneira geral, podem ser agrupadas em dois grandes tipos: as colônias de povoamento e as de exploração.
Povoamento
As colônias de povoamento correspondem àquelas que se desenvolveram nas áreas temperadas da América, melhor exemplificadas com as colônias inglesas da América do Norte, especialmente a Nova Inglaterra. Essas, apresentam as seguintes características:
• Povoamento por grupos familiares de refugiados religiosos (puritanos); por essa razão, permanente, onde o ideal de fixação estava associado ao desejo de prosperidade e desenvolvimento, tentando reproduzir na América a forma de vida que possuíam na Europa.
• Ideal de acumulação vinculado à valorização do trabalho, à poupança e à capitalização.
• Investimento na própria colônia dos lucros gerados pela produção local, convergindo para a metrópole apenas os tributos.
• A produção colonial atendia à satisfação das necessidades internas e se organizava em pequenas propriedades, com grande utilização do trabalho livre e familiar.
• Criação de um mercado interno.
• Valorização da educação, da instrução e da mulher.
• Consciência da autonomia e desenvolvimento precoce do ideal de emancipação.
Exploração
As colônias de exploração, exemplificada pela colonização portuguesa no Brasil, correspondiam aos interesses mercantilistas da época e apresentam as seguintes características:
• Ocupação espontânea, conseqüentemente temporária, por grupos de indivíduos onde o ideal de fixação foi suplantado pelo ideal de exploração econômica, de forma imediata e sem grandes investimentos.
• Ideal de enriquecimento rápido na colônia com gastos na Europa (“Fazer a América”), vinculado à mentalidade transoceânica, em que, em geral, as famílias ficavam na metrópole.
• Exportação para a metrópole da totalidade dos lucros obtidos com a produção colonial.
• Produção em grande escala para o mercado externo, atendendo aos interesses metropolitanos, baseada na grande propriedade e no trabalho escravo.
• Economia extrovertida e dependente, impedindo a formação de um mercado interno.
• Desvalorização do trabalho manual, da educação, da instrução e da mulher.
• Desenvolvimento tardio do ideal de emancipação.

7.      Quais são as características essenciais para que haja industrialização?
Para a produção industrial são necessários: matéria-prima, energia, mão de obra e máquinas, portanto, ocorre uma interdependência entre os outros setores da economia (matéria-prima e energia – setor primário; máquinas – setor secundário; mão de obra – setor terciário).
A produção, compra, venda e circulação integra o mercado e organizam a produção do espaço. Apesar de não serem interdependentes, as indústrias interligam os lugares pelo sistema de transporte e comunicação. Elas promovem uma Divisão Territorial do Trabalho. A escolha dos lugares para instalação das indústrias é feita de acordo com os interesses locais e garantia de lucro. Onde for vantajoso acontece à instalação industrial.

8.      Por que, no Brasil, a região Sudeste é a mais industrializada?
Devido a cafeicultura que proporcionou o desenvolvimento de infraestrutura, disponibilidade de capital, de mercado consumidor e de mão de obra (imigrantes), incentivos governamentais e matéria prima.

9.      Difere os países de acordo com a distribuição das indústrias pelo mundo:
Existe uma distribuição desigual das indústrias no mundo:
Países altamente industrializados – EUA, Japão, Europa Ocidental
Países recentemente industrializados – Brasil, Argentina, México, Rússia, Austrália e África do Sul.
Países semi-industrializados – Argélia, Egito, Tunísia, Arábia Saudita, Índia, China e outros.
Países com pouca ou nenhuma industrialização – Colômbia, Bolívia, grande parte dos países do continente africano, Afeganistão e outros.

10. As transformações sociais, a separação entre capital e trabalho, a constituição de classes sociais e a produção industrial são condições para o desenvolvimento de uma nova espacialidade. Qual é o espaço dessas transformações? Justifica:
O processo industrial promove uma divisão de trabalho, uma separação entre capital e trabalho. Ocorrem grandes transformações espaciais e sociais. As cidades sofrem uma alteração da área urbana para facilitar a mobilidade dos trabalhadores, das matérias-primas e comercialização das mercadorias. Com a separação entre capital e trabalho, ocorre a formação de diferentes classes sociais. Surgem nas cidades bairros pobres operários, fabris e nobres. As cidades promovem a integração com outras cidades e regiões, tanto no processo produtivo com por meio do mercado.
Na Inglaterra, o espaço geográfico se altera com a produção industrial. Londres transforma-se em território das grandes empresas industriais produzindo novas paisagens.
As transformações espaciais ocorridas, a separação entre capital e trabalho, a constituição de classes sociais e a produção industrial são condições para o desenvolvimento de uma nova espacialidade.
O espaço dessas transformações é a cidade, que passa a concentrar e, ao mesmo tempo, separar o capital do trabalho: bairros pobres com moradias operárias, bairros fabris e bairros nobres. A cidade passa a ser local de integração com outros locais e regiões por meio do mercado.

11. A sociedade atual é altamente consumista. Sendo assim, a indústria tem que possuir elevados índices de produtividade. Então, por que atualmente ainda podemos afirmar que a produção artesanal é muito importante?
A produção artesanal é importante porque mantém as tradições de diferentes povos e coexiste com outras formas de produção.

12. Entre o século XVI e XVIII, os comerciantes passaram a contratar artesãos já que a produção artesanal não supria a necessidade comercial. Qual era o objetivo dos comerciantes?

Nos séculos XVI e XVII a produção artesanal na Europa não era suficiente para atender os comerciantes, faltava mercadoria. Para aumentar a lucratividade, os comerciantes passam a contratar artesãos para trabalharem juntos num mesmo local, fábrica. Assim, controlavam a produção, o trabalho e os meios de produção.

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