sábado, 16 de junho de 2012

PERSPECTIVAS PARA O AGRONEGÓCIO

PERSPECTIVAS PARA O AGRONEGÓCIO
Lançado em Ribeirão Preto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em evento que contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff
A produção agropecuária brasileira está entre as principais no âmbito mundial, representando cerca de 33% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o fechamento da safra de 2010/2011 levará o país a um novo recorde na produção de grãos, chegando a 161,5 milhões de toneladas. O resultado é 8,2% acima da safra anterior, com variação positiva de 4,2% na produtividade. O período 2011/2012 promete ser de crescimento ainda maior, já que o Plano Agrícola e Pecuário, lançado pelo governo federal no dia 17 de junho, aponta a ampliação dos créditos para financiamento e comercialização da produção do setor, totalizando R$ 107,2 bilhões disponíveis a partir de julho. O valor é 7,2% superior ao destinado no ciclo 2010/2011.
O plano de safra, apresentado em uma cerimônia realizada no Theatro Pedro II, coloca o agronegócio entre as prioridades do governo federal. “É investindo na agricultura que o Brasil será uma potência social”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff. Entre as novidades apresentadas estão linhas de financiamento específicas para a pecuária, uma inovação do Plano que permitirá a compra de matrizes e reprodutores. Os criadores poderão contratar até R$ 750 mil para investimentos no melhoramento genético de bovinos e búfalos, além de contar com um limite de custeio 136% maior do que o fixado no período anterior, incluindo pecuária de corte, leiteira, ovinocaprinocultura, apicultura e suinocultura. 
A renovação e a ampliação dos canaviais também são foco do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012. Para isso, foi instituído um novo programa de investimento, com limite de R$ 1 milhão e prazo de cinco anos para pagamento. Além disso, o plano propõe a unificação e o aumento dos limites de financiamento para custeio de todas as culturas e atividades para R$ 650 mil por produtor, o que representa uma elevação de até 225% nos valores máximos a serem contratados. Antes, cada produto tinha um limite estabelecido. “O governo está oferecendo melhores condições para que o produtor possa continuar a expandir a produção, sem esquecer da sustentabilidade. Seguindo essa linha, teremos mais alimentos e mais renda para o agricultor, sem perder a preservação ambiental de foco. Acredito que com esse volume de recursos alcançaremos uma safra de grãos de 170 milhões de toneladas”, avaliou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Wagner Rossi, que, apesar de ter nascido na capital paulista, considera-se ribeirãopretano.
De acordo com o secretário de Política Agrícola, José Carlos Vaz, o governo pretende estimular a diversificação da atividade agrícola, beneficiando igualmente produtores de commodities voltados à exportação e produtores que abastecem o mercado interno. Segundo o secretário, além da ampliação dos recursos, haverá mais incentivos para o médio produtor, para as cooperativas e para armazenagem.
Através do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), serão disponibilizados 48,2% mais recursos do que no ciclo anterior, totalizando R$ 8,3 bilhões para crédito de custeio e investimento, com taxas de juros de 6,25% e até oito anos para pagamento, no caso de operações de investimento. Além disso, o limite de renda bruta anual para enquadramento no programa aumentou de R$ 500 mil para R$ 700 mil. Segundo Dilma Rousseff, o país deve investir na estabilização da cadeia produtiva e, sobretudo, no médio produtor. “Precisamos de políticas para as camadas médias da população, que necessitam ser contempladas, já que estamos nos transformando no país da classe média”, afirmou. Os limites de custeio e de investimento também foram ampliados, respectivamente, para R$ 400 mil e R$ 300 mil.
Além dos médios produtores, as cooperativas foram beneficiadas pelo Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012. Por meio do programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), o limite de crédito disponível a essas associações passou para R$ 60 milhões. O programa financia até R$ 2 bilhões, a juros de 6,75% ao ano.
Sustentabilidade
A agricultura sustentável permanece entre as prioridades do governo federal. Na opinião do ministro Wagner Rossi, o produtor rural é quem melhor sabe preservar. Na safra 2011/2012, o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em julho de 2010 e fortalecido pela incorporação do Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora) e do Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa), terá atenção especial. O ABC abrangerá todas as ações que incentivam a produção de alimentos com preservação ambiental e terá R$ 3,15 bilhões disponíveis para investimentos, que poderão ser contratados com condições facilitadas, a taxas de juros de 5,5% ao ano e 15 anos para pagamento. “O governo federal está disposto a apoiar, enfaticamente, as atividades produtivas no campo que permitam ampliar a produção e garantir a preservação do meio ambiente”, acrescentou o ministro Wagner Rossi.
O lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 contou com, ainda, com a presença do vice-presidente Michel Temer, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin que destacou, em seu discurso, a vocação da região ribeirãopretana para o agronegócio. O evento também contou com a presença produtores rurais, da prefeita Dárcy Vera e de prefeitos e vereadores da região, dos deputados Arnaldo Jardim, Gabriel Chalita, Duarte Nogueira, Marco Aurélio Ubiali e Newton Lima, da senadora Kátia Abreu, do senador Sérgio Souza, do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini, entre outros.
Após o evento, o ministro da Agricultura, juntamente com a família, recepcionou a presidenta Dilma Rousseff, ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer. Compareceram o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, a secretária de Comunicação da Presidência, Helena Chagas, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Cerca de 25 empresários do agronegócio brasileiro, além de outros representantes do setor, fizeram parte da lista de convidados, como José Luiz Cutrale, acompanhado pelos filhos, Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira, Erai Maggi, José Antonio Fay, Duda Biagi, Joesley Mendonça Batista, Keneth Carson Geld, Jonas Barcellos Correa Filho, Marcelo Ometto e Marcos Jank. Também compareceram à recepção senadores, ministros e deputados, como o federal Gabriel Chalita, Paulo Skaf, presidente da FIESP, e o deputado estadual Baleia Rossi, filho do ministro e presidente do PMDB de São Paulo.

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