sexta-feira, 22 de junho de 2012

REGIÃO NORDESTE

REGIÃO NORDESTE
O seu relevo é marcado por depressões, planaltos, chapadas e ainda, planícies costeiras em todo o litoral. Na hidrografia, predominam rios intermitentes ou temporários, que secam nos períodos de estiagem. Entre os rios perenes ou permanentes, que nunca secam, estão o São Francisco, Parnaíba e Jaguaribe. Próximo ao litoral o clima é tropical, na área do sertão, o clima é semi-árido. A vegetação é bastante diversificada, com formações manguezais e de floresta tropical no litoral. Mata dos cocais, trechos da floresta amazônica e de cerrado na área de transição entre a região Norte e a Nordeste. Mas, a vegetação predominante em toda a região é a caatinga.
Por apresentar paisagens naturais diversificadas, a região é dividida em sub-regiões: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte.
Zona da Mata: a vegetação nativa era a mata Atlântica. Localizada no litoral, onde há maior umidade e ocorrência de chuvas. As atividades de destaque é o cultivo da cana-de-açúcar, cacau, exploração de petróleo e ocorrência da maior concentração industrial do Nordeste.
Agreste: está localizada entre duas sub-regiões, uma seca e outra úmida. É considerada uma zona de transição entre o Sertão e a Zona da Mata. Enquanto na Zona da Mata prevalecem os latifúndios monocultores, no Agreste predominam os minifúndios policultores, pecuária leiteira e forte atividade comercial.
Sertão: é a maior sub-região do Nordeste. Possui clima tropical semi-árido, onde são comuns secas prolongadas que chegam a durar anos. A vegetação predominante é a caatinga. Os rios são, no geral, intermitentes, com exceção dos rios São Francisco e Jaguaribe. Dentre as atividades econômicas, destacamos a pecuária extensiva e agricultura comercial do algodão, soja, milho, feijão, arroz, mandioca e frutas. Em muitas áreas prevalece a agricultura de subsistência.
Meio-Norte: abrange o estado do Maranhão e a maior parte do Piauí. É uma área de transição entre a região Norte e o Sertão. A vegetação típica é a mata dos cocais que favoreceu o desenvolvimento das atividades de extrativismo vegetal (palmeira do babaçu – palmito e óleos usados pela indústria de cosméticos e de equipamentos de precisão; carnaúba - óleos e ceras para a fabricação de velas e lubrificantes.). A economia tem se baseado na criação de gado, na cultura de algodão, arroz e no extrativismo vegetal. Atualmente ocorre uma modernização agrícola, principalmente na cultura de soja, destinada à exportação e introduzida nas últimas décadas.
Ocupação e organização do espaço
O Nordeste é a região de ocupação mais antiga do Brasil que se iniciou pela extração do pau-brasil e se efetivou de fato com a economia canavieira ao longo do século XVI na hoje chamada Zona da Mata Nordestina. Ligada à produção do açúcar, a criação de gado contribuiu para a que a economia do Nordeste se expandisse para além da Zona da Mata. A condução dos rebanhos para o interior do Nordeste permitiu, assim, a ocupação das terras do Agreste e do Sertão. Já o surgimento de importantes núcleos urbanos no Meio-Norte deu-se, principalmente, com a expansão do cultivo do algodão, a partir do século XIX.
A decadência econômica do Nordeste
Ao final do século XVII a agroindústria da cana-de-açúcar entrou em crise devido à concorrência da produção açucareira das Antilhas que, com a complementação das técnicas produtivas, entrou no mercado europeu com preços mais competitivos do que o preço do açúcar brasileiro. Com isso, a importância econômica regional voltava-se para o sul do território com o desenvolvimento da atividade mineradora que atraiu um grande contingente de nordestinos. Percebe-se, então, que a decadência dos canaviais transformou o Nordeste em área de repulsão populacional. Assim como ocorreu com o açúcar, as áreas produtoras de algodão no Agreste e no Sertão também passaram a declinar diante da concorrência da produção algodoeira dos Estados Unidos, ao final do século XIX.
Marcas do passado colonial no Nordeste
A colonização e a ocupação econômica do Nordeste, voltada para a exploração econômica de todos os recursos e riquezas que a terra colonizada podia oferecer, deixaram marcas presentes até os dias atuais. A vegetação da mata atlântica que recobria boa parte da faixa próxima ao litoral foi quase totalmente desmatada para dar lugar às áreas de cultivo de cana-de-açúcar e para o aproveitamento da madeira retirada da floresta. A organização da maioria das propriedades rurais em latifúndios monocultores prevalece ainda hoje na região, e a figura dos “coronéis” nordestinos, tão comum no Nordeste atual, substituiu a dos senhores de engenho.
Crescimento econômico do Nordeste
A economia nordestina vem apresentando um crescimento acelerado nas ultimas décadas em todos os setores. A produção agrícola, a prestação de serviços e o setor industrial vêm obtendo bons resultados na participação da economia nacional. A partir dos anos 90 ocorreu um processo de migração das indústrias de pólos tradicionais para os novos pólos de industrialização no país. Muitos desses pólos encontram-se no Nordeste. Isso está acontecendo devido aos custos elevados nas regiões industriais tradicionais. Os empresários buscam vantagens econômicas como isenção de impostos; os governos de estados e municípios doam terrenos e promovem investimentos de infra-estrutura e descontos de alguns produtos e serviços como energia elétrica, por exemplo; mão-de-obra barata, proximidade em relação a importantes fornecedores e compradores internacionais.  Grande parte das indústrias que migram para o Nordeste usa alta tecnologia e pouca mão-de-obra. Assim, o número de empregos gerados não favoreceu a maioria da população nordestina. As principais concentrações industriais no Nordeste situam-se nas regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Fortaleza.
O desenvolvimento do setor terciário também ocorreu nas regiões metropolitanas com destaque para o turismo.
A agricultura recebeu investimentos como projetos de irrigação e técnicas modernas que contribuíram para o aumento da produção de alimentos e principalmente frutas voltadas para a exportação.

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